Petrobras confirma saída de Paes de Andrade; Prates deverá ser aprovado 

Estatal formalizou renúncia do atual presidente e nomeou interino. Indicado por Lula, senador Jean Paul Prates (PT-RN) deverá ser chancelado para comandar petrolífera

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Conselho de Administração da Petrobras confirmou, nesta quarta-feira (4), a renúncia do presidente da estatal, Caio Paes de Andrade. O senador Jean Paul Prates (PT-RN) foi o indicado para a vaga pelo presidente Lula e deverá ter seu nome aprovado para comandar a estatal. 

Até a confirmação de Prates, assume o posto interinamente o atual diretor Executivo de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen. 

Nesta terça-feira (3), o Ministério de Minas e Energia encaminhou o nome do senador à empresa. Em comunicado, a petroleira informou que “a indicação, após efetivada, será submetida ao processo de governança interna, observada a Política de Indicação de Membros da Alta Administração, para a análise dos requisitos legais e de gestão e integridade e posterior manifestação do Comitê de Elegibilidade”.  

Leia também: Lula anuncia senador Jean Paul Prates para comando da Petrobras

O senador Jean Paul Prates tem mais de 25 anos de trabalho nas áreas de petróleo, gás natural, biocombustíveis, energia renovável e recursos naturais e, entre outras experiências, participou da assessoria jurídica da Petrobras Internacional (Braspetro), no final da década de 1980, além de ter trabalhado na regulação do setor nos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula.

Como um de seus primeiro atos à frente da Presidência da Repúblico, Lula revogou processos de privatização de oito estatais, entre as quais a Petrobras, iniciados por Bolsonaro. 

Caio Paes de Andrade havia sido indicado por Jair Bolsonaro (PL) e assumiu o cargo após uma série de trocas feitas pelo então presidente que tentava jogar apenas para o comando da estatal a responsabilidade pela alta nos preços dos combustíveis, resultante, sobretudo, da política de paridade internacional adotada pelo próprio governo. 

Leia também: Lula revoga privatização da Petrobras, Correios e em mais seis estatais