Brasil se despede de Pelé

Tricampeão mundial de futebol estava internado para tratamento de câncer no cólon e faleceu nesta quinta, aos 82 anos

Foto de Paulo Pinto/Fotos Públicas

Nesta quinta-feira, morreu Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, o maior jogador de futebol da história, aos 82 anos. Consagrado como Rei do Futebol e Atleta do Século, era a personalidade brasileira mais conhecida e reverenciada do mundo, recebido em vários países com honras de chefe de estado. Era a própria representação icônica do futebol no mundo todo. O sepultamento ocorrerá em Santos (SP), onde destacou-se no time da Vila Belmiro. 

Estava internado desde 29 de novembro no hospital Albert Einstein, em São Paulo, em virtude de uma infecção respiratória após ele contrair covid-19 e para a reavaliação do tratamento de um câncer no cólon. Na tarde desta quinta, o hospital anunciou seu falecimento.

Em virtude da idade avançada e do tratamento de quimioterapia, as aparições públicas se tornaram cada vez menos frequentes nos últimos anos. Em redes sociais, ele manifestava otimismo com a recuperação e seus familiares publicaram relatos emocionados neste mês de dezembro sobre sua recuperação. Pelé teve sete filhos e estava casado desde 2016 com Márcia Aoki.

Pelé recebeu diversas homenagens durante a Copa do Mundo de 2022, já internado durante os jogos. Neymar, Richarlison e Mbappé desejaram o restabelecimento do gênio que os inspirou. Torcedores também exibiram faixas nos estádios.

Presidente Lula e o ex-jogador Pelé durante comemorações aos 50 anos do primeiro título da Copa do Mundo conquistado pelo Brasil em 1958, no Palácio do Planalto. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Pelé estreou na Seleção em 1957, numa partida da Copa Roca contra a Argentina, quando também fez seu primeiro gol representando o Brasil. É o único jogador a vencer três Copas: com apenas 17 anos, venceu a Copa do Mundo na Suécia, em 1958; no Chile, em 1962; e no México em 1970. Mas seus números no futebol são todos superlativos em termos de campeonatos e gols, e dificilmente serão superados.

Dico, como era chamado na casa dos Arantes do Nascimento, em Bauru, cumpriu todas as promessas feitas ao seu pai, apaixonado por futebol. O pai nem imaginou que o filho estaria sendo reverenciado no mundo todo pelo ícone e pela genialidade que representou no esporte.