Presença de 120 países quer blindar posse de Lula contra golpismos

Nunca uma cerimônia de posse presidencial contou com tantos chefes de Estado quanto a de Lula. A ideia é blindar evento de ameaças golpistas do bolsonarismo.

No próximo dia 1º de janeiro de 2023, a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva trará ao Brasil quase o triplo de delegações estrangeiras de alto nível do que se viu na última posse em 2019. Ao menos 53 delegações estrangeiras compostas por chefes de Estado, chefes de governo e ministros já confirmaram presença. Segundo o colunista do UOL, Jamil Chade, há uma preocupação articulada internacionalmente de “blindar” a cerimônia de posse contra ameaças e indícios de atentados da extrema-direita.

O número de delegações de alto nível é cerca de três vezes maior do que o de representantes que estiveram no país para a última posse, que aconteceu em 2019. Considerando as confirmações de todos os níveis, de embaixadores a presidentes, cerca de 120 países estarão representados na posse do Lula. É o maior contingente de personalidades estrangeiras, chefes de Estado, de governo, monarcas e ministros em uma posse na democracia no Brasil. De acordo com fontes estrangeiras do colunista, a presença de um número inédito de líderes na posse de Lula faz parte de uma ofensiva contra o golpismo.

Leia também: Faltando seis dias para a posse, 30 chefes de Estado confirmaram presença

Segundo apuração da reportagem, organismos estrangeiros estão monitorando com cuidado os incidentes ocorridos no último mês, atividade de células terroristas, grupos de aplicativos de mensagens, assim como o silêncio de Jair Bolsonaro (PL) em relação à violência provocada por seus apoiadores. Embora a equipe de Lula ainda não esteja no governo, estes organismos estrangeiros estão pressionando as instituições brasileiras para agir no combate ao terrorismo e golpismo do bolsonarismo.

O suposto alerta estrangeiro estaria em conformidade com diversas iniciativas ocorridas ainda antes da eleição de Lula, em apoio ao processo eleitoral brasileiro e condenando as acusações do bolsonarismo.