A. Sérgio Barroso: Teoria Marxista

O marxismo e o leninismo compõem o estatuto doutrinário de avançada ciência social. Ciência social que tem “lado”: o dos(as) proletários(as), não outro.

Foto: Maximilian Scheffler

As diversas trajetórias históricas do Partido Comunista demonstram cabalmente que os dois elementos centrais de sua existência são: (i) suas ideias; (ii) seus quadros-militantes. Estas as razões principais para a fecundidade de um novo projeto societário.

Existência e rejuvenescimento. Porque sua teoria, seu “guia para ação” é uma construção que não pode se recusar ao seu autodesenvolvimento. Em última instância, o fundamento de sua evolução teórica busca apreender o movimento da matéria, para desenvolvê-la, transformando-a. Novos estágios irrompem, novas contradições se estabelecem, sempre no movimento.

O marxismo e o leninismo compõem o estatuto doutrinário de avançada ciência social. Ciência social que tem “lado”: o dos(as) proletários(as), não outro. Essa uma outra questão hierárquica decisiva: a teoria marxista nasce para as classes trabalhadoras, ponto (quase) final. Quase porque seu objetivo é uma nova sociedade; não a conquista sindical ou salarial, a estudantil, a feminista ou antirracial, tudo isso pressuposto.

Pois, a incontornável “ruptura epistemológica” do marxismo está sediada na conclusão de que a luta de classes é “condição ordinária do processo histórico e social”. Ou, como lembra Domenico Losurdo (2015), os(as) proletários(as) no capitalismo são intérpretes e lutam pelo “imperativo categórico de derrubar todas as relações nas quais o homem é um ser degradado, sujeitado, abandonado, desprezível” (MARX-ENGELS, 1848).

Portanto, a teoria marxista só pode ser construída – elevada – para a superação do capitalismo. Nesse sistema, o homem “é menos que uma besta de carga. Ele é uma simples máquina para a produção de riqueza alheia, é fisicamente destroçado e espiritualmente animalizado” (MARX, 1864).

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Os dois curtos artigos que seguem foram “recuperados” pelo amigo, jornalista e biógrafo Osvaldo Bertolino, a quem agradeço. Datam de 2004, quer dizer, têm 18 anos de idade. Para grande satisfação minha, foram publicados no glorioso periódico do Partido Comunista do Brasil, jornal “A classe operária” (1925).

São textos que ajudam – sublinham – a projeção das reflexões que acabo de fazer.

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