Desenvolvimento social e agrário terão protagonismo com Lula

Fortalecimento das áreas são essenciais para o combate à fome; pastas podem trabalhar em conjunto para a segurança alimentar, acesso a terras e políticas públicas de combate à miséria.

Seapa / Divulgação

Os ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social deverão retomar o status que tiveram nos antigos governos Lula (PT). Em reportagem do Brasil de Fato, é destacado o caráter de reforço que agricultura família, a agroecologia e a reforma agrária devem ganhar.

Na área social, a pasta irá coordenar os trabalhos do Bolsa Família e outros programas sociais fundamentais para a recuperação do Brasil.

A reportagem entrevistou Michela Calaça, liderança do Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), que coloca o combate à fome como prioridade do próximo governo. Para ela, esse trabalho não deve ser somente da área social, mas sim envolver outros ministérios, como o do desenvolvimento agrário.

Nesse sentido, a segurança alimentar deve ser alcançada pela democratização do acesso à terra e com produções fundamentadas na agroecologia, pois, como aponta, não basta qualquer alimentação, é necessário que a comida que chegue nos pratos seja saudável, como forma de garantir a saúde da população.

Dessa fora, a alternativa ao agronegócio que avança para áreas de proteção ambiental é a agricultura familiar, que, segundo Calaça, fortalece a superação do modelo atual ao mesmo tempo que preserva o meio ambiente.

A matéria também conversou com José Josivaldo, da Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que participa da transição do governo Lula na área de desenvolvimento agrário. De acordo com ele, o grupo quer que o nome da pasta seja “Ministério da Agricultura Familiar e do Alimento Saudável” e trabalha para fortalecer órgãos enfraquecidos propositadamente por Bolsonaro, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Consea). 

*Informações Brasil de Fato

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