Pesquisa mostra que apenas 48% teriam R$ 200 para uma emergência 

Levantamento feito pelo Poder Data indica que outros 35% não teriam e 17% não sabem se teriam. Dados revelam piora em relação à pesquisa anterior, feita em julho

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Uma pesquisa feita pelo Poder Data mostrou que apenas 48% dos brasileiros com mais de 16 anos teriam R$ 200 para usar numa emergência. Outros 35% não teriam e 17% não sabem se teriam. Os dados revelam, mais uma vez, a difícil situação financeira amargada por pelo menos metade da população brasileira. 

Na mesma pesquisa feita em julho, 57% pessoas diziam que teriam esse valor para uma eventualidade. A queda nessa faixa pode significar que parte migrou para o grupo dos que dizem não saber se teria o dinheiro, cujo percentual passou de 11% para 17% agora.

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Além disso, o levantamento aponta que entre os que têm renda familiar de até dois salários mínimos, 30% teriam R$ 200 para uma emergência. No recorte por sexo, 50% dos homens disseram que teriam o valor, contra 46% de mulheres. Na ponta oposta, entre os que não teriam, eles são 35% e elas, 39%, dado que indica situação mais difícil para as mulheres. 

Quando analisados os dados por idade, a pesquisa mostra que está entre os jovens (16 a 24 anos) o menor percentual dentre os que teriam os R$ 200, 43%; o maior percentual está entre quem tem entre 45 e 59 anos, com 51%.   Entre os que não teriam esse valor, a faixa dos jovens fica também em 43% e cai para 33% entre os que têm de 45 a 59 anos e para 30% entre os que têm 60 anos ou mais. 

Da mesma forma, entre os que têm ensino fundamental, apenas 32% disseram que teriam os R$ 200, contra 71% entre os que têm curso superior. 

Quando questionados sobre em quem votaram para presidente, a pesquisa mostrou que 53% dos que votaram em Lula e 47% dos que votaram em Bolsonaro dizem que teriam o dinheiro disponível.

O levantamento foi feito entre os dias 11 e 13 de dezembro por meio de ligações telefônicas, com 2.500 entrevistas em 302 municípios de todos os estados. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. 

(PL)

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