Justiça Eleitoral abre duas investigações que podem tornar Bolsonaro inelegível

Presidente é acusado de ter promovido ataques golpistas ao sistema eleitoral e distribuição ilegal de benefícios financeiros durante a campanha

A Justiça Eleitoral abriu nesta quarta-feira (14) duas novas investigações contra Jair Bolsonaro (PL) e aliados por abuso de poder político e econômico. O presidente é acusado de ter promovido ataques golpistas ao sistema eleitoral e distribuição ilegal de benefícios financeiros durante a campanha.

Os pedidos de investigação, classificadas como Aijes (Ações de Investigação Judicial Eleitoral) e apresentados pela coligação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foram aceitos pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves. As ações pedem a inelegibilidade e a perda de mandato dos acusados, que terão prazo de cinco dias para apresentarem uma defesa.

Na primeira ação, pesa contra Bolsonaro a acusação de ter aproveitado o cargo para desqualificar sem provas o sistema eleitoral, “com a disseminação da falsa ideia de que as urnas eletrônicas são fraudáveis, hackeadas e manipuladas por terceiros”. Além do presidente, foram acusados “uso indevido dos meios de comunicação” nomes como Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Gustavo Gayer (PL-GO), Magno Malta (PL-ES), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Walter Braga Netto (PL).

A segunda peça acusa Bolsonaro e seu candidato a vice nas eleições 2022, Braga Netto, de concederem “ilegais benefícios financeiros aos cidadãos brasileiros durante o período eleitoral, com o claro intuito de angariar votos e, portanto, influenciar na escolha dos eleitores brasileiros, de modo a ferir a lisura do pleito”. A ação cita a antecipação da transferência do benefício do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás, bem como do pagamento de auxílio a caminhoneiros e taxistas.

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