Exército rechaça declarações de Paulo Figueiredo: “militares são apartidários”

Comentarista da Jovem Pan News acusou três generais de agirem contra “ação contundente” das Forças Armadas sobre resultado eleitoral

O comentarista Paulo Figueiredo Filho, da Jovem Pan | Foto: Reprodução/Jovem Pan News

O Exército publicou uma nota desmentindo Paulo Figueiredo, comentarista da Jovem Pan News, após ele dizer durante o programa “Os Pingos nos Is” na segunda-feira (29), que três militares teriam agido contra uma “ação mais direta” das Forças Armadas em relação ao resultado da eleição.

Segundo ele, o comandante militar do Nordeste, Richard Fernandez Nunes, o comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva e o ex-comandante militar do Sul, Valério Stumpf Trindade, estariam agindo para impedir ações golpistas do Exército.

Na ocasião, o comentarista afirmou que o general Nunes “tem posições ideológicas muito à esquerda”, que o general Paiva é tido como “o que mais entende de política e mais progressista” e que o general Stumpf seria “conhecido como muito amigo de infância” do ex-advogado-geral da União, José Amaral Júnior, que seria “defensor dos interesses do Supremo Tribunal Federal”. Nesta terça-feira (29) Figueiredo voltou a tratar do tema e reiterou as afirmações.

Em nota, o Exército informou que “repele as alegações que ferem a imagem da Instituição e de integrantes do seu Alto Comando”. A instituição também afirma que militares da ativa “são apartidários em suas condutas” e têm “coesão em torno de suas missões constitucionais”.

Trecho do documento diz que o Exército reconhece a “importância dos veículos de comunicação para a esfera pública nacional e para a cidadania”, mas “lamenta profundamente especulações que só se prestam para inocular a discórdia e que em nada contribuem para a resolução dos problemas vivenciados em nosso país.”

Por fim, a organização salienta que segue honrando o compromisso “inabalável de garantir a Lei, a Ordem e a Paz Social, conforme os preceitos constitucionais, sempre pautado pelas mesmas tradições e valores, que permeiam de forma perene toda a sua História.”

Leia a íntegra da nota.

Nota de Esclarecimento

Em relação ao divulgado pelo comentarista Paulo Figueiredo Filho, nos dias 28 e 29 de novembro de 2022, o Comando do Exército repele as alegações que ferem a imagem da Instituição e de integrantes do seu Alto Comando.

Os militares da ativa, por definição legal e por compromisso com a Nação Brasileira, são apartidários em suas condutas, preservando os valores pertinentes à carreira das Armas. São servidores do Estado, cuja coesão em torno de suas missões constitucionais é reforçada, permanentemente, pela liderança de seus Comandantes nos diversos níveis hierárquicos.

Os Oficiais-Generais citados são homens honrados, profissionais dedicados e contam com todo o respeito, a amizade e admiração do Comandante do Exército e de seus pares. São militares ilibados e comprometidos com a ética profissional, comprovada ao longo de mais de 40 anos de profissão.

O Exército Brasileiro, por reconhecer a importância dos veículos de comunicação para a esfera pública nacional e para a cidadania, lamenta profundamente especulações que só se prestam para inocular a discórdia e que em nada contribuem para a resolução dos problemas vivenciados em nosso País.

Os comentários apresentados nas matérias não se fundamentam em informações oriundas do Comando do Exército, única esfera a qual cabe transmitir a palavra oficial da Força Terrestre.

Por fim, o Exército Brasileiro segue honrando o seu compromisso inabalável de garantir a Lei, a Ordem e a Paz Social, conforme os preceitos constitucionais, sempre pautado pelas mesmas tradições e valores, que permeiam de forma perene toda a sua História.

O respeito incondicional à Hierarquia, à Disciplina e à Cadeia de Comando é o farol que sempre orientou os rumos de nossa Instituição em todos os momentos de sua existência.

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com informações de agências

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