Como duas ações de Lula podem tirar Bolsonaro das próximas eleições

“Ideia é aumentar a pressão sobre o atual ocupante Palácio do Planalto depois que ele deixar o governo, além de aumentar as chances de ele ser condenado e perder o direito de disputar eleições”, afirma a jornalista Malu Gaspar.

Recém-derrotado nas eleições presidenciais de 2022, Jair Bolsonaro (PL) pode ficar de fora de futuras disputas. A coligação vitoriosa neste ano, formada por Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), deve apresentar ao corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, duas AIJEs (Ações de Investigação Judicial Eleitoral) contra o presidente nas próximas semanas. A informação é da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.

“A ideia é aumentar a pressão sobre o atual ocupante Palácio do Planalto depois que ele deixar o governo, além de aumentar as chances de ele ser condenado e perder o direito de disputar eleições”, afirma a jornalista. “Os novos processos vão acusar o presidente da República de promover abuso de poder político e econômico ao desembolsar bilhões de reais para garantir o Auxílio Brasil de R$ 600 em pleno período eleitoral.”

A chapa de Lula também quer processar Bolsonaro por uso indevido dos meios oficiais de comunicação em benefício próprio. Em diversos momentos do mandato – mas sobretudo neste ano –, o presidente usou a estrutura do Palácio da Alvorada para atacar as urnas eletrônicas, o sistema eleitoral e o Poder Judiciário.

Se for condenado nessas AIJEs, Bolsonaro deve ser declarado inelegível e, portanto, ficará impedido de disputar as próximas eleições. Não há prazo para o julgamento de ações do gênero. Na condição de corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves é que “dita o ritmo do processo, determina diligências, analisa provas decide quanto liberar o caso para análise dos colegas. Até agora, o ministro tem tratado essas investigações com celeridade”.

Bolsonaro já é alvo de seis ações da campanha Lula. “Por enquanto, a principal aposta do PT contra Bolsonaro é uma ação aberta no mês passado, em que o partido pede a investigação de uma rede de desinformação para favorecer o presidente da República”, informa Malu Gaspar.

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