Mais uma vez: a frente ampla venceu pela democracia

(Re)construir requer recarregar novos ânimos e manter a “frente ampla” pelo Brasil democrático, desenvolvido e socialmente justo

Bruna Brelaz, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) | Foto: divulgação/UNE

Deixamos divergências de lado, sem esquecer nossa profunda motivação, por um único objetivo em comum: a defesa da democracia. E assim, mais uma vez na recente história brasileira a frente ampla venceu com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, no último dia 30.

Foi assim nas Diretas Já, no processo de redemocratização brasileira, e agora se repete, quase 40 anos depois, com uma nova geração, visando uma estabilidade entre os poderes da República, sem ameaças de golpismo.

Ainda em outubro do ano passado, quando as mobilizações contra as atrocidades do governo Bolsonaro cresciam, mesmo sendo vítima do machismo e racismo nas redes por grupos minoritários, tanto da esquerda quanto da direita, mantive minha posição.

Na época, em 2021, entendíamos que o momento pedia uma unidade muito mais ampla pela democracia e agora, com a vitória da civilidade, também pede, visando uma reconstrução nacional.

O Estado passou por uma degradação nos últimos quatro anos e em diversas áreas os esforços serão imensos e exigem que setores da sociedade estejam em acordo para colocar em prática o projeto de país soberano que queremos.

Para isso, a educação deve estar no centro de uma estratégia para o desenvolvimento e pela redução das desigualdades. Temos que repor investimento sobre o desmonte, ditar pautas, propostas e incentivar políticas públicas com foco no ciclo virtuoso, aproveitando todo o potencial da nossa juventude em meio a janela demográfica que atravessamos.

Em meio à luta institucional, a democracia venceu o Bolsonarismo. Porém, as pautas do Bolsonarismo que tanto fizeram os brasileiros sofrerem devem ser combatidas na sociedade também.

Enquanto perdíamos verbas de merenda, investimento em universidades para desvios e esquemas de corrupção, pautas ideológicas corriam soltas, sem qualquer correspondência com as nossas urgências.

(Re)construir requer recarregar novos ânimos e manter a “frente ampla” pelo Brasil democrático, desenvolvido e socialmente justo.

(BL)

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