Brasil tem a segunda maior delegação na Conferência do Clima

A 27ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), que acontece em Sharm el-Sheikh, no Egito, até o dia 18 de novembro, tem o Brasil com a segunda maior delegação do evento: são 574 inscrições, segundo lista divulgada pela ONU nesta quinta-feira (10).  

A primeira é a dos Emirados Árabes Unidos que registrou 1.073 delegados. O Brasil sempre se destaca nas COPs pelo grande número de participantes.  No ano passado, na COP 26, em Glasgow, foram 479 inscritos, número só superado pela delegação do país sede.

O quinto dia de conferência foi marcado pela chegada de figuras importantes do país no combate a preservação do clima e do meio ambiente, como as ex-ministras do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede Sustentabilidade-SP) e Izabella Teixeira (PT); o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Roberto Barroso; as recém-eleitas deputadas Sônia Guajajara e Célia Xakriabá, ambas do Psol, que vão compor a bancada do cocar no Congresso, além de secretários de estados e ativistas, como Negro Belchior (PT), do movimento negro, Txai Suruí, da juventude indígena e Inamara Mélo, secretária estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco.

Também estava presente o deputado Nilto Tatto (PT-SP), responsável pela área ambiental do Plano de Governo de Lula, e a deputada Joênia Wapichana (Rede Sustentabilidade-RR), primeira mulher indígena a conquistar vaga de deputada federal, em 2018.

Marina antecipa agenda climática do governo Lula

Enquanto aguarda a chegada de Lula à conferência, a deputada estadual e ex-ministra Marina Silva (Rede-SP), antecipou alguns pontos da agenda ambiental do presidente eleito, que pretende fazer do Brasil um líder no combate às mudanças climáticas. Segundo Marina, “o Brasil está de volta ao protagonismo no multilateralismo ambiental climático”. Para ela, é isso que está por trás da aguardada participação de Lula na conferência do clima da ONU.

A ex-ministra afirmou que o presidente eleito e sua delegação comparecerá à COP deste ano com o compromisso da campanha de Lula. “A postura do Brasil, pelo discurso do presidente, é a de que vamos ajudar a fazer história e não mais a velha chantagem de que só vamos fazer alguma coisa para proteger as florestas e os indígenas se nos pagarem. O Brasil quer cooperação, quer apoiar e ser apoiado. Mas isso não é uma condição para fazermos o dever de casa na proteção das florestas”, disse.

O desmatamento da Amazônia, um dos maiores sumidouros de CO2 do planeta, foi tema de grande interesse internacional durante as eleições presidenciais deste ano.

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com informações de agências