Demissões e serviço pago: O que será do Twitter, comprado por Elon Musk?

Musk comprou Twitter por US$ 44 bilhões e demitiu 3700 funcionários.

Imagens: Heisenberg Media/ Wikimedia Commons e Yuri Samoilov/Creative Commons

A novela da compra do Twitter pelo empresário Elon Musk chegou ao fim no dia 27 de novembro. Por US$ 44 bilhões, o CEO da Tesla e SpaceX comprou a rede social e informou que a empresa será retirada da bolsa de valores.

Com histórico deficitário, Musk começou a sua gestão cortando gastos para equilibrar contas. Demitiu o conselho diretor do Twitter e cerca de 3700 funcionários em todo o mundo. No Brasil, cerca de 150 funcionários fizeram parte do corte – feito de maneira abrupta, por e-mail, sem aviso prévio e com logins bloqueados.

No entanto, as demissões foram mal planejadas e parte da força de trabalho dispensada foi convidada a retornar aos postos, de acordo com rede Bloomberg. A justificativa foi que algumas demissões foram realizadas por engano e outras foram feitas sem que se percebesse que a falta do funcionário acarretaria problemas para muitas áreas.

Fato é que equipes essenciais na mediação de conteúdos sensíveis foram eliminadas, mostrando o tom que o novo dono deve dar à rede social.

Nos EUA, as demissões devem gerar um processo coletivo contra a empresa pela falta de aviso prévio.

Especula-se que a ideia principal para gerar renda imediata é de que a rede ofereça o chamado Twitter Blue, serviço pago com maior ênfase para conteúdos de áudio e vídeo – espécie de Twitter em versão Premium. O modelo também cobraria pelo famoso selo de perfil verificado, que hoje é gratuito após análise decorrente de pedido feito pelo usuário.

Outra forma que Musk pretende ganhar dinheiro pela empresa é impulsionando conteúdos pagos.

Ou seja, a plataforma terá um viés mais voltado para a monetização com privilégio para quem pode pagar ao invés de uma evolução na experiência do usuário, conforme apontam os primeiros sinais.

Ao assumir a empresa, Elon Musk ainda recheou o seu discurso com ideias liberais sobre tornar as redes sociais um ambiente contra a divisão na sociedade. Mas o que se espera, além de demissões, é que o critério financeiro seja preponderante e que a moderação de conteúdo seja mais permissiva, inclusive dando espaço para que perfis bloqueados retornem.

*Com informações de agências