Ministro da Saúde de Bolsonaro é vaiado em Congresso em Aracaju (SE)

Povo não esquece os desmandos bolsonaristas na gestão desastrosa da pandemia; Marcelo Queiroga teve um ataque nervoso e chamou os presentes de covardes.

Ministro da Saúde Marcelo Queiroga Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi vaiado nesta quinta-feira (3) durante 8º Congresso Norte-Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde, realizado em Aracaju, Sergipe. Ao subir no palco para uma plateia formada por gestores da área saúde e composta por secretários de saúde, a vaia foi uníssona e demonstrou que os desmandos do governo Bolsonaro no auge da pandemia de covid-19 não serão esquecidos.

Em seu faniquito, Queiroga jogou a responsabilidade pela compra de respiradores aos municípios, dizendo que o dinheiro foi enviado e chamou os presentes de covardes.

No entanto, não só os trabalhadores da saúde, mas toda a sociedade sabe quem foram os verdadeiros covardes.

Hoje, o Brasil se aproxima de 700 mil mortes causadas pela pandemia de covid-19. Apesar de o avanço da vacinação ter controlado os casos, ainda é importante ter cuidados básicos para evitar a disseminação da doença que ainda tem causado dezenas de mortes todos os dias.

E grande parte dessas quase 700 mil vidas perdidas poderia ter sido salva com uma melhor gestão pública por parte do governo federal pela compra de vacinas antecipadamente, compra de respiradores, abertura de mais leitos, além do incentivo à utilização de máscaras e higiene pessoal. Mas, na verdade, o que foi feito foi o contrário e os brasileiros sabem disso.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, atuou de forma letárgica, desmerecendo as boas práticas na condução da pandemia preconizadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e instituições médicas sérias. Para completar, houve denúncias de tentativa de compra de vacinas superfaturadas enquanto ocorria a distribuição de medicamentos sem eficácia comprovada para “tratamento precoce”.