Ministro Alexandre de Moraes diz que operações da PRF foram suspensas

O diretor-geral da PRF se comprometeu a enviar um documento por inscrito ao TSE explicando a situação e suspendeu todas as operações, inclusive as de trânsito

Ministro Alexandre de Moraes em entrevista coletiva (Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE)

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, informou que todas as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram suspensas no país. Em audiência neste domingo (30), ele recebeu o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, que negou estar desobedecendo a determinação da Justiça Eleitoral proibindo operações contra veículos utilizados no transporte público de eleitores.

Numa conversa de uma hora, o diretor-geral diz que se tratava de operações com base no código de trânsito. Até às 15h deste domingo, 500 ônibus foram parados em blitz, sobretudo no Nordeste. A preocupação é que isso tenha elevado a abstenção de votos, o que prejudicaria a candidatura de Lula que tem larga vantagem da intenção de voto na região.

A coligação do ex-presidente Lula pediu a prisão do diretor-geral da PRF e dos superintendentes que não estão cumprindo a decisão judicial do TSE. “Pedimos a todos os parlamentares da coligação que sigam até os locais das operações ILEGAIS e deem voz de prisão a quem descumprir a lei”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), membro da coligação.

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O diretor-geral da PRF se comprometeu a enviar um documento por inscrito ao TSE explicando a situação e suspendeu todas as operações, inclusive as de trânsito.

“O prejuízo que causou aos eleitores foi o atraso durante aquela inspeção. Nenhum ônibus voltou para origem, todos votaram. Nenhum prejuízo do direito ao voto. Há mais de uma hora foram suspensas as operações e não haverá adiamento da eleição”, explicou Moraes em coletiva à imprensa.

Ele diz que as informações partiram da PRF e dos tribunais eleitores dos estados. Mesmo assim, as operações serão investigadas por parte do TSE. Moraes diz que será apurado se houve desvio de finalidade, abuso de autoridade, crime comum e eleitoral.

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