Coligação de Lula aciona TSE e pede punição para diretor da PRF

O TSE proibiu operações contra veículos utilizados no transporte público de eleitores, mas a PRF continua realizando blitz, sobretudo no Nordeste

Operação durante as eleições no Pará (Foto: Divulgação).

A Coligação Brasil da Esperança acionou neste domingo (30) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, por não cumprir decisão da Justiça Eleitoral que proíbe operações contra veículos utilizados no transporte público de eleitores.

Na noite deste sábado (30), o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, proibiu a realização desse tipo de operação.  

A coligação do ex-presidente pede suspensão imediata das operações e a intimação do diretor-geral da PRF, que pediu votos nas redes sociais para Bolsonaro. Ele postou uma foto da bandeira do Brasil com as frases “vote 22. Bolsonaro presidente”.

A coligação recebeu diversas denúncias, principalmente no Nordeste, de que agentes da PRF estão realizando operações para evitar o trânsito de ônibus e, com isso, aumentar a abstenção de eleitores.

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A ação estipula multa pessoal de R$ 500 mil por hora de descumprimento da decisão judicial, sem prejuízo das responsabilidades administrativa e criminal.

“O senhor Ministro da Justiça e o diretor-geral da PRF não estão acima da lei. Eles atacam a democracia e um direito constitucional. Isso não será permitido!”, criticou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), membro da coligação.

O senador eleito do Maranhão, Flávio Dino (PSB), diz que recebeu denúncia de blitz e apreensão de motos na zona rural de Caxias, efetuada pela PRF. “Estamos fazendo a representação à Justiça Eleitoral para que apure a legalidade da operação policial”, disse.

“GRAVE DENÚNCIA! Descumprindo decisão do TSE, agentes da PRF estariam fazendo barricadas nas estradas para impedir os nordestinos de votar. Se confirmada a denúncia, isso é inaceitável! Estão tentando melar o processo democrático porque sabem que vão perder”, reagiu no Twitter o senado Humberto Costa (PT-PE).

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