TCU diz que não houve fraudes nas urnas e expõe dados para a população

Os resultados foram entregues pelo presidente em exercício do TCU, Bruno Dantas, ao presidente do TSE, Alexandre de Moraes

Ministro Alexandre de Moraes recebe documento do presidente do TCU, ministro Bruno Dantas (Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE)

O Tribunal de Constas da União (TCU) diz que não encontrou irregularidades nas urnas eletrônicas que foram usadas na votação do primeiro turno das eleições. Os auditores federais de controle externo processaram 3.100 boletins, o que representou 74,5% das amostras colhidas na primeira etapa de votação.

Os dados estão à disposição dos eleitores no Painel de Avaliação da Integridade dos Boletins de Urna (BU) nas Eleições Gerais de 2022 que foi criado pelo TCU.

“Cerca de 4,5 milhões de informações foram comparadas e nenhuma divergência foi encontrada”, concluíram os auditores. A amostra de 4.161 boletins de urna de seções eleitorais foi sorteada no dia 4 de outubro, após a totalização dos votos pelo TSE.

“O trabalho de auditoria consiste na comparação dos boletins em papel (impressos e assinados depois do término da votação) com os dados utilizados pelo TSE para totalização dos votos, referentes aos mesmos boletins”, explicou o Tribunal por meio de nota.

Leia mais: Militares não encontram fraude nas urnas, mas Bolsonaro segura relatório

Os resultados consolidados foram entregues nesta quinta-feira (27) pelo presidente em exercício do TCU, Bruno Dantas, ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

O presidente do TCU definiu a auditoria como um “sucesso” e destacou que o TSE foi extremamente cooperativo com os auditores da Corte de Contas. “Nós podemos afirmar que não foi encontrada qualquer discrepância entre aquilo que os eleitores lançaram nas urnas eletrônicas – e que consta nos boletins impressos que cada urna gera ao final do dia de votação – e aquilo que foi totalizado pelo TSE”, afirmou Bruno Dantas.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Forças Armadas

No encontro, Dantas explicou que o TCU requisitou documentos da auditoria feita pelo Ministério da Defesa com o mesmo objetivo. Os militares também concluíram que não houve irregularidades nas urnas, mas Bolsonaro segurou a divulgação dos dados. O Tribunal quer comparar as duas auditorias.

“O TCU sempre primou por transparência. E é isso que nós estamos fazendo aqui: dar transparência aos números que já processamos, verificamos e auditamos”, disse Dantas.

Auditoria

De acordo com o TCU, essa verificação faz parte da 5ª etapa da auditoria do sistema eletrônico de votação brasileiro. “São conferidas as seguintes informações, desdobradas por município, zona, seção, cargo, partido e candidato: quantidade de eleitores aptos; quantidade de votos nominais; quantidade de votos de legenda; quantidade de votos em branco; quantidade de votos nulos; quantidade total de votos por cargo; e quantidade de votos destinados a candidato ou legenda”.

O Painel permite que qualquer cidadão visualize os boletins digitalizados, inclusive com as assinaturas dos mesários. A atualização das informações do painel é realizada durante a madrugada e será feita todos os dias até a conclusão dos trabalhos.

Autor