Polícia Federal prepara novas operações contra aliados de Lula, diz PT

À Folha, Luiz Marinho disse que “setores do Estado aparelhados pelo bolsonarismo estariam buscando forjar fatos” para justificar “operações bizarras”

Lula durante Superlive, evento que reuniu artistas, intelectuais, representantes de partidos políticos e movimentos sociais e integrantes de organizações da sociedade civil, no auditório Celso Furtado, no Anhembi, em São Paulo | Foto: Ricardo Stuckert

Dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) afirmaram ter recebido informações sobre uma possível operação da Polícia Federal (PF) que pode atingir aliados do ex-presidente Lula nesta reta final do segundo turno eleitoral. As informações são da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

“Recebemos informações de que setores do Estado aparelhados pelo bolsonarismo estariam buscando forjar fatos que justifiquem operações bizarras contra nosso campo democrático”, afirma o ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, coordenador da campanha de Fernando Haddad (PT) ao governo do estado de SP e integrante campanha do ex-presidente.

Segundo a jornalista, Marinho afirma que o partido já estuda “medidas judiciais para evitar essa violência contra a democracia”.

Na terça-feira (11) uma operação da PF que teve o governador de Alagoas Paulo Dantas (MDB-SP) como alvo acendeu o alerta entre os petistas. Dantas apoia Lula e é aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL), forte opositor do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Para recordar

Em 2018, a apenas seis dias das eleições, o ex-juiz federal Sérgio Moro incluiu uma delação de Antonio Palocci em ação contra o candidato da Fe Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, a medida atingiu em cheio a campanha de Haddad, que disputava a Presidência da República contra Jair Bolsonaro (PL).

Passados dois anos, o Supremo Tribunal Federal  (STF) retirou a delação de Palocci da ação contra Lula. Durante a votação, o ministro Ricardo Lewandowski deu indícios de que Moro quis criar um fato político dias antes da eleição.

O ministro Gilmar Mendes, que também votou pela retirada, disse que o acordo de Palocci tinha sido juntado aos autos há tempos, e que a “demora” em sua divulgação “parece ter sido cuidadosamente planejada por Moro para gerar verdadeiro fato político na semana que antecedia o primeiro turno das eleições presidenciais de 2018”.

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Com informações da Folha de S. Paulo

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