Campanha de Lula aponta contradições nas propostas de Bolsonaro: ‘promessas falsas’

Propostas de Bolsonaro para o social, educação, saúde e meio ambiente “contradizem o que ele fez nos últimos 4 anos.

Foto: Joana Berwanger/Sul 21

Com um cenário de terra arrasada, a venda de soluções para os problemas nacionais soa falsa após o desmonte promovido pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) nos últimos quatro anos, acusa a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – que venceu o 1º turno das eleições com 48,43% dos votos válidos.

“O presidente Jair Bolsonaro destruiu o Brasil e, agora, quer te convencer de que é a melhor opção para reconstruí-lo”, traz o site da campanha.

Entre as “promessas falsas” apontadas estão a de que Bolsonaro vai, em 2023, conceder 13º do Auxílio Brasil para mulheres e manter o auxílio em R$600.

Como é sabido, a Lei Orçamentária Anual de 2023 enviada ao Congresso pelo governo Bolsonaro não prevê estes gastos, ou seja, o próprio governo não estabeleceu as verbas que agora promete. Pelo contrário, na Lei os recursos previstos para o auxílio compreendem um valor de R$405.

Nesse caso, as promessas, segundo a campanha de Lula, aparecem como forma de o atual presidente tentar crescer nas pesquisas de intenção de voto.

“[Bolsonaro] desesperado com a derrota no primeiro turno, ele volta a fazer promessa que não vai cumprir.”

Educação

No quesito educação, o futuro do país é questionado uma vez que houve a tentativa de confisco de 2,4 bilhões do orçamento das universidades federais. Além disso, é lembrado do escândalo envolvendo o ex-ministro Milton Ribeiro que priorizava, por meio de um gabinete paralelo, prefeituras com verbas negociadas por pastores sem vínculo com o Ministério da Educação.

Saúde

Outro aspecto levantado é o de que outra “tesourada” feita para acomodar orçamento secreto atingiu pacientes que tratam câncer.

O governo Bolsonaro cortou em 45% a verba para tratamentos oncológicos. Os recursos passaram de R$ 175 milhões para R$ 97 milhões. A situação é agravada pois acontece em pleno Outubro Rosa, mês dedicado ao combate ao câncer de mama. A medida é classificada como “demonstração cruel da sua falta de humanidade”.

Meio ambiente

O cuidado com o meio ambiente também é um dos principais motivos de manobra demagógica da campanha de Bolsonaro, diz o texto. “O homem que permitiu o desmatamento de uma área do tamanho do estado do Rio de Janeiro em quatro anos propõe agora “solução sustentável para o meio ambiente.”

Autor