Na TV, Lula mostra “grande união” em torno de sua candidatura

O candidato mostrou porque o Brasil não aguenta mais Bolsonaro e destacou seus planos para a economia, como fortalecimento do salários e renegociação de dívidas.

Lula estreia na TV no segundo turno com propostas para a economia

A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV, no segundo turno, começou nesta sexta-feira (7). Agora, o tempo de propaganda é dividido igualmente entre os dois candidatos a presidente da República. São cinco minutos para cada candidato em dois blocos diários de exibição. A propaganda será veiculada até o dia 28 de outubro, dois dias antes da votação, marcada para 30 de outubro.

O primeiro a se apresentar foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por ter obtido maior número de votos no primeiro turno. A partir daí é feita a alternância com o presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição e ficou em segundo lugar.

O tom do programa foi de buscar aumentar ainda mais a rejeição altíssima do atual presidente e apresentar as primeiras medidas para enfrentar a situação econômica, assim como demonstrar a união de lideranças políticas em torno de sua candidatura. A primeira etapa desta campanha, com anúncio de apoios de Simone Tebet e Ciro Gomes, assim como de governadores como Helder Barbalho, do Pará, o mais votado do país, foram os destaques. Eleitores de Tebet e Ciro apareceram no vídeo e declararam voto em Lula.

Em seu discurso na inserção, Lula afirmou que Bolsonaro “foi um desastre na economia, debochou da pandemia, está ligado a escândalos de corrupção, trouxe a fome de volta e, hoje, milhões de famílias estão endividadas”. Os fracassos do bolsonarismo são contrastados com o legado de seus dois governos, entre 2003 e 2010.

Lula disse que vai voltar a gerar empregos, fortalecer o salário mínimo, renegociar as dívidas das famílias, investir no pequeno e no médio produtores rurais, estimular o empreendedorismo e a proteção ao meio ambiente.

Lula voltou a criticar as mentiras disseminadas a seu respeito e convidou o eleitor a “espalhar a verdade”. Com isso, dirigiu-se diretamente aos evangélicos ao lembrar que aprovou a Lei de Liberdade Religiosa, o Dia do Evangélico e a Marcha Para Jesus.

Imagens chocantes de Bolsonaro expressando desonestidade, machismo, descaso com o sofrimento do povo e ostentando diversão, enquanto há fome e miséria, buscaram aumentar ainda mais a gigantesca rejeição do candidato, hoje, em mais de 50%.

A propaganda ainda mencionou que “os apoios a Lula não param de chegar”, com destaque ao discurso da ex-presidenciável Simone Tebet (MDB) e ao anúncio da aliança com o PDT, de Ciro Gomes. Também se deu ênfase ao endosso de Helder Barbalho (MDB), governador reeleito no Pará.

Assista a íntegra do programa de TV de Lula:

Enquanto isso, Bolsonaro atacou as pesquisas eleitorais, sugerindo que elas beneficiam candidatos. Também procurou mostrar seus apoios, que não trazem novidade em relação ao primeiro turno, senáo o apoio de Rodrigo Garcia (PSDB), e exaltou a eleição de aliados ao Congresso. Tentou convencer o eleitor de que a economia está bombando sob seu governo.

Governadores na TV

Pelas normas eleitorais, a propaganda para presidente da República será veiculada na TV de segunda-feira a sábado, das 13h às 13h10, e das 20h30 às 20h40. No rádio, a propaganda para presidente vai ao ar das 7h às 7h10 e das 12h às 12h10.

Nos 12 estados em que a disputa para governador será definida no segundo turno (Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe), os candidatos poderão veicular propaganda das 7h10 às 7h20 e das 12h10 às 12h20 no rádio. Na televisão, o horário eleitoral para governador será das 13h10 às 13h20 e das 20h40 às 20h50.

Os candidatos têm 25 minutos de inserções por cargo, de segunda-feira a domingo, para veicular peças de 30 segundos a 60 segundos ao longo da programação.

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