Ayres Britto, ex-ministro do STF, declara voto em Lula

A candidatura de Lula ganha mais um apoio de peso. Nesta quinta-feira (29) o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto anunciou apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidência da república no pleito de domingo (2).  

“Nesta eleição presidencial já afunilada para dois candidatos, eis a pergunta central: diante de quem a democracia está certa de não sofrer o menor atentado? Resposta: de quem jamais colocou sob suspeita de fraude a urna eletrônica. No caso, Lula, que terá meu voto”, declarou em seu Twitter.

A declaração foi feita após conversas com os advogados Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e Marco Aurélio de Carvalho, ambos do grupo Prerrogativas.

Ayres Britto foi ministro do STF de 2003 a 2012 e presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 2008 e 2010. Seu apoio se soma ao dos outros quatro ministros aposentados da mais alta corte do país: Celso de Mello, Joaquim Barbosa, Carlos Velloso e Nelson Jobim.

Segundo a jornalista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Britto e outros ministros do STF divulgaram, em agosto deste ano, uma nota para defender as urnas eletrônicas e rebater as acusações do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que há fraude nas eleições do Brasil. O documento faz críticas ao voto impresso, amplamente defendido por Bolsonaro, dizendo que “não é um mecanismo adequado de auditoria”.

“A contagem pública manual de cerca de 150 milhões de votos significará a volta ao tempo das mesas apuradoras, cenário das fraudes generalizadas que marcaram a história do Brasil (…) Desde 1996, quando da implantação do sistema de votação eletrônica, jamais se documentou qualquer episódio de fraude nas eleições”, diz a nota.

O ex-ministro também é um dos signatários da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito”.

Veja o que disseram os outros ex-ministros apoiadores de Lula.

Joaquim Barbosa –  “Em 2018, eu alertei os brasileiros de que Jair Bolsonaro seria uma péssima escolha para a Presidência da República”, disse. “Nas grandes democracias, Bolsonaro é visto como um ser humano abjeto, desprezível, uma pessoa a ser evitada. Esse isolamento internacional é muito ruim para o nosso país. Nós perdemos muitas oportunidades com isso. É preciso votar já em Lula no primeiro turno para encerrar já essa eleição no próximo domingo”.

Celso de Mello – “Em defesa da sacralidade da Constituição e das liberdades fundamentais, em prol da dignidade da função política e do decoro no exercício do mandato presidencial e em respeito à inviolabilidade do regime democrático, tenho uma certeza absoluta: NÃO votarei em Jair Bolsonaro!!!”

Carlos Velloso – “Diante das ameaças do candidato Bolsonaro contra o sistema eleitoral brasileiro, especialmente contra às urnas eletrônicas, reconhecidas aqui e no exterior como seguras e confiáveis, o que redunda em ameaça ao Estado Democrático de Direito, meu voto, no próximo domingo, será para o Lula”, afirmou.”

Nelson Jobim – Não deu declaração pública, mas reafirmou nesta quarta-feira (28) seu apoio à candidatura Lula/Alckmin. A informação é do G1.

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Com informações de agências