Super Live de Lula com artistas vira celebração da amplitude da campanha

Artistas, personalidades, políticos e movimentos sociais de todos os cantos compareceram para celebrar o voto em Lula no primeiro turno.

João Feitosa, Pabllo Vittar, Lukinhas, Paulo Miklos e Foquinha em encontro com Lula. Foto Cezar Xavier

Mesmo chovendo canivete no Complexo do Anhembi, apareceu mais gente que em comício com show sertanejo. Entrar no auditório Celso Furtado assemelhou-se a andar desavisado pelo metrô Brás, em horário de pico. Filas em que apenas se segue a multidão torcendo para estar indo para o lado certo.

O credenciamento de jornalistas já somava 250 profissionais, mas a “fila da geral” impressionava pelo clima de festa com gente muito diferente vestida para uma festa democrática. As pessoas celebrando como se a eleição já tivesse passado. 

Dentro do auditório já se via drag queens com perucas altíssimas, e indígenas com seus cocares coloridos, esperando pelo começo do evento. Todo mundo vestindo alguma peça vermelha para colorir as imagens, quando a câmera filmasse. Cada vídeo que passava, cada artista que subia ao palco arrebatava mais aplausos e gritaria, num crescente de emoção e alegria. A produção caprichada enchia os olhos com imagens hipnóticas nos painéis de LED.

Mas havia também uma outra entrada, por onde entravam personalidades famosas. Uma espécie de tapete vermelho “instagramável”, do jeito que influenciadores gostam para brilhar em suas redes. Todo mundo posou ao lado do totem do Lula “fazendo o L e um coração grandão”. 

Ali era a oportunidade da imprensa para fazer o tradicional “quebra-queixo” com os famosos. Ninguém estava tímido. Todo mundo apareceu na super live, atendeu aos pedidos de fotos de jornalistas e fãs e deu uma palavrinha com os jornalistas. 

E não se dourou a pílula. Quem falava, expressava abertamente seu repúdio ao adversário de Lula. Argumentavam sobre a necessidade urgente de eleger o ex-presidente no primeiro turno. Contavam um pouco de suas vidas nos governos progressistas, e tudo com muita alegria. Sem rancor, mas apelando ao diálogo para que os indecisos “não vacilem num momento tão grave”.

Os artistas esperavam pacientes no tapete até chegar sua vez de passar e dar uma entrevista rápida ao ex-BBB, professor João Feitosa, e a jornalista youtuber Foquinha, para depois falar com a imprensa. Primeiro apareceram os influencers, que ficaram com os jornalistas  “produzindo conteúdo” para seus perfis. Os humoristas foram os que mais tiravam selfies com os fãs. Teve Mônica Martelli e Paulo Vieira falando sério. Daniela Mercury e Pabllo Vittar, mais reservadas diante do tumulto. E Valeska Popozuda que fez a alegria dos fotógrafos e cenografistas ao cantar um funk para Lula e ainda posar fazendo graça com o totem de Lula.

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Depois vieram os músicos, os apresentadores de TV, modelos, e até políticos deram uma passadinha. Nessa hora, Lula e Alckmin foram as estrelas que tumultuaram o tapete. Só se sabe o que falaram no meio da balbúrdia, aqueles que gravaram com microfone e ouvirão depois.

Após a passagem dos candidatos, as atenções de voltaram para dentro do auditório, onde o desfile de depoimentos divertidos, emocionados e reveladores se seguiram noite adentro, como um espetáculo raro, de curta temporada, para o qual não há ingresso que pague e que não se repetirá caso Bolsonaro e seus extremismos sejam silenciados da política.

Veja o clima de abertura em fotos: