Dívida brasileira cresce sob o governo Bolsonaro

No fim de 2018, a dívida bruta do governo estava em 75,3% do PIB. Em julho deste ano, alcançou 77,6%.

Na reta final do governo Jair Bolsonaro (PL), o Brasil é um país mais endividado do que início desse governo. Primeiro presidente brasileiro de extrema-direita, Bolsonaro tomou posse em 1º de janeiro de 2019 e encerrará seu mandato em 31 de dezembro deste ano.

Nesse período, conforme registra neste domingo (18) a Folha de S.Paulo, ele deixou “um estoque de despesas represadas que vai impulsionar ainda mais o indicador da dívida brasileira a partir de 2023”. Parte da dívida foi contraída em decorrência da pandemia de Covid-19 – mas a crise sanitária não é a razão central.

Ao longo de sua gestão, o chefe do Executivo precisou abrir os cofres públicos para enfrentar a pandemia de Covid-19, uma crise sem precedentes que obrigou países a despejar dinheiro para socorrer famílias e dar sustentação à atividade econômica.

“No fim de 2018, a dívida bruta do governo estava em 75,3% do PIB (Produto Interno Bruto), um nível já elevado para países emergentes como o Brasil”, detalha a Folha. “Em julho deste ano, a dívida alcançou 77,6% do PIB. Ela deve encerrar 2022 em 78,6% do PIB, segundo as expectativas coletadas no Boletim Focus.”

A Folha lembra que, desde a redemocratização, Luiz os dois governos do ex-presidente Inácio Lula da Silva (2003-2010) foram os únicos que enfrentaram o problema com êxito. “Lula reduziu o indicador em seus dois mandatos, após o aumento na gestão de Fernando Henrique Cardoso” (1995-2002) —quando a dívida subiu após o controle da inflação e as emissões do país ainda eram mais atreladas ao câmbio.

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