Pesquisa Ipec aponta enorme rejeição a Bolsonaro

Atual presidente é rejeitado por 46% do eleitorado e seu governo, por 57%. Levantamento entrevistou 2.000 pessoas presencialmente entre 12 e 14 de agosto.

Jair Bolsonaro (PL) | Foto: Evaristo Sá/AFP

A pesquisa Ipec (ex-Ibope) encomendada pela TV Globo e divulgada na noite desta segunda-feira (15), mostra que Jair Bolsonaro (PL) tem rejeição de quase a metade do eleitorado. De acordo com o levantamento, 46% do público afirmou que “não votaria de jeito nenhum” no atual chefe do Executivo, contra 33% que afirmam o mesmo em relação ao ex-presidente Lula (PT).

Já Ciro Gomes (PDT) é rejeitado por 18% do eleitorado, seguido por Eymael (DC) com 7%. Em seguida, Simone Tebet (MDB), Vera (PSTU) e Pablo Marçal (PROS) aparecem empatados com 6%.

Outros 5% dos eleitores não votariam em Sofia Manzano (PCB), Leonardo Péricles (UP) e Soraya Thronicke (União).

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Voto decidido

Outro levantamento feito mostra que 77% dos entrevistados estão decididos sobre quem irá ocupar a cadeira de presidente da República em 2022. A pesquisa apontou o ex-presidente Lula (PT) liderando s intenções de voto, com 44%, a frente do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 32%.

Estão mais decididos os que declaram voto no ex-presidente Lula (PT) e no presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao todo, 82% dos eleitores dos dois candidatos dizem que a decisão de votar é definitiva e não vai mudar até o dia da eleição. Outros 17% afirmam que podem mudar. E 1% não sabem ou não responderam.

No caso de Ciro Gomes (PDT), 36% dos eleitores dizem que não vão trocar de candidato. Os 64% restantes afirmam que podem votar em outro candidato.

Em relação aos candidatos restantes, 26% dizem que o voto é definitivo. Outros 70% dizem que podem mudar – 4% não sabem ou não responderam.

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Taxa de reprovação

Um grande problema para Bolsonaro, e que o núcleo de sua campanha talvez não esperasse, é que 57% dos entrevistados reprovam a maneira como o presidente está governando o país, enquanto 37% aprovam. Já 6% dos entrevistados não souberam ou não quiserem responder. A avaliação também mostra que 43% dos brasileiros consideram a administração do presidente ruim ou péssima enquanto 29% acreditam que é boa ou ótima.

Mesmo após a ofensiva do governo de tentar inflar a popularidade de Bolsonaro através de “manobras eleitoreiras”, como o pagamento do novo Auxílio Brasil de R$ 600, além de outros benefícios incluídos na PEC Kamikaze, e a melhora do quadro inflacionário, apenas 21% dos entrevistados afirmam que sua situação financeira individual melhorou nos últimos 30 dias. Outros 44% dizem que permaneceu igual e 34% dizem que piorou. Ou seja, uma fatia importante do eleitorado ainda não sentiu efeitos positivos no próprio bolso.

A pesquisa ouviu 2.000 pessoas entre os dias 12 e 14 de agosto em 130 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código BR-03980/2022.

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