Família de Marcelo Arruda realiza ato religioso no Dia dos Pais

Em memória do tesoureiro do PT assassinado por bolsonarista, cerca de 50 pessoas reúnem-se em frente à Igreja da Matriz, em Foz do Iguaçu.

Foto: Reprodução

A família e amigos do tesoureiro do PT Marcelo Arruda, morto por um bolsonarista em Foz do Iguaçu (PR), realizaram neste domingo (14), Dia dos Pais, ato religioso em memória dele. Segundo informações do G1 e da RPC Foz do Iguaçu, cerca de 50 pessoas, entre familiares e amigos, participaram do ato, realizado próximo à Igreja da Matriz da cidade do oeste paranaense.

Carregando cartazes com dizeres como “1º Dia dos Pais sem nosso pai” e “Chega de ódio, queremos paz e justiça”, além de rosas, o grupo fez orações e caminhou em silêncio pela cidade. “Pela justiça, pelo fim de todo esse ódio que assombra a nossa sociedade. […] A justiça, claro como foi feita, começou a ser feita, que ela continue sendo feita. Que a pessoa que cometeu esse ato que infelizmente tirou o meu pai de mim, hoje estou comemorando o dia dos pais sem meu pai […] que ele pague pelo que fez. Não vai trazer meu pai de volta, mas é algo que demonstra que a justiça pode ser feita”, afirmou Leonardo Miranda de Arruda, um dos filhos do tesoureiro.

“Um ato importante principalmente para os filhos, terem esse momento de acolhimento com amigos, com a família, para continuar pedindo pela paz, esse é o principal. Para que não haja mais esse ato de violência que aconteceu com o Marcelo e a justiça, perante essa violência brutal, perante o crime, que haja justiça”, disse a viúva, a policial civil Pamela Silva.

Prisão

Marcelo Arruda foi baleado em 9 de julho pelo policial penal Jorge Guaranho na própria festa de aniversário, que tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula. Arruda revidou os disparos e atingiu Guaranho, que ficou internado desde a data do crime, até a última quarta-feira (10), quando teve alta e deveria ser transferido para o Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Contudo, um ofício do próprio Complexo disse que o local não tinha estrutura para atender às necessidades médicas que o réu precisaria. Por isso, ele ficou em prisão domiciliar e usando tornozeleira eletrônica até sexta (12), quando a Justiça revogou a prisão domiciliar do policial, que se encontra desde sábado (14) em uma cela no CMP.