Venezuelanos exigem ouro, avião e petroleira bloqueados no exterior

Convocados pelo presidente Nicolás Maduro, manifestantes saíram às ruas de Caracas para exigir a devolução de bens da Venezuela bloqueados por outros países.

Foto: PSUV

Na terça-feira (9), grandes manifestações tomaram as ruas de Caracas exigindo a devolução de bens da Venezuela bloqueados em outros países. Organizado por sindicatos e movimentos sociais, os atos pela liberação dos ativos do país foram convocados pelo presidente Nicolás Maduro.

“O povo venezuelano saiu às ruas para dar um forte recado ao mundo: exigimos a devolução do nosso ouro apreendido em Londres, o avião da Conviasa e os demais bens nacionais que pretendem nos roubar. Chega de golpes! Não vamos parar de levantar a nossa voz”, falou Maduro em seu twitter.

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Avião

O avião cargueiro da estatal Conviasa, um Boeing 747 pertencente à empresa venezuelana Emtrasur, foi retido no aeroporto de Ezeiza, na Argentina. O bloqueio é mais um episódio das sanções feitas pelos Estados Unidos que alegam violações no controle de exportação. Os líderes venezuelanos acusam o governo argentino de ser conivente aos desmandos de Washington. Enquanto isto a tripulação e a aeronave seguem “presos” na Argentina.

Ouro e petroleira

Outro alvo dos protestos é para que 31 toneladas de ouro do país (US$ 1,9 bilhão) sejam devolvidas pelo Banco da Inglaterra, assim como o controle da Citgo Petroleum, com sede nos Estados Unidos, volte para os mandatários do governo.

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Ambas as situações ocorreram no rescaldo da tentativa de golpe do ex-deputado Juan Guaidó, que instaurou uma presidência fictícia reconhecida pelo EUA e Reino Unido. Com isso, o ouro não é devolvido por alegarem o não reconhecimento do Banco Central venezuelano da administração Maduro.

Quanto a Citgo, a sua administração é feita por aliados de Guaidó aceitos pelo governo dos EUA. Existe uma tentativa ilegal de venda da petroleira, lesando os interesses do povo venezuelano, sob o pretexto de liquidação de uma dívida da PDVSA (estatal petroleira da Venezuela).

Com informações Lucas Estanislau, Brasil de Fato

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