Djavan nega apoio a Bolsonaro: “Sempre votei no Lula e vou votar”

Músico afirmou em entrevista que essa eleição tem “particularidade forte: a gente vai às urnas para votar na democracia. Espero que o país continue numa democracia plena, total e irrestrita.”

Djavan conta como se sentiu ao ser associado ao governo Bolsonaro: 'Injustiçado' | Foto: Divulgação/Nana Moraes

O cantor e compositor Djavan afirmou que se sentiu “aviltado” e “injustiçado” ao ser alvo de inúmeras críticas após dizer, ao fim das eleições presidenciais de 2018, “que tinha esperança no futuro do Brasil” e que era cedo para avaliar o governo Jair Bolsonaro. Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta terça-feira (9), ele reiterou que nem sequer votou no ex-capitão.

O músico alagoano, de 73 anos, esclareceu que não achava correto “sair dando cacetada num governo que nem tinha assumido”. E explicou que, quando falou confiar “no futuro do Brasil, é porque temos um povo que é quem determina as coisas. Disse que confiava no futuro do Brasil e não no governo do Brasil. Distorceram.”

Na ocasião, mesmo “levando cacetada”, Djavan preferiu ficar em silêncio. “Comecei a ler coisas horríveis a meu respeito como se toda a minha história e meus posicionamentos não falassem sobre mim. Mas pensei que desmentir na internet era dar vazão à mentira. Fiquei na minha”, declarou.

Ao ser questionado sobre o que o havia levado a se manifestar nas redes, em 2021, três anos depois, dizendo que não havia votado Bolsonaro, Djavan respondeu: “Ficou insuportável, não queria que aquilo se avolumasse ad infinitum. A injustiça dói”. Agora, em 2022, ele enfatiza que não apoiará Bolsonaro. ”Sempre votei no Lula e vou votar. Sempre me posicionei nas músicas.”

O cantor afirmou ainda que espera que o Brasil seja um melhor lugar o povo, “porque o governo é para isso. É o povo que elege, que precisa dos serviços, o povo pobre, principalmente”. Ele disse esperar que ”não só o Brasil mas o mundo readquira valores que foram perdidos, como a capacidade de se envergonhar”.

Para Djavan, a política, historicamente, sempre influenciou a sociedade. “O povo brasileiro deu uma piorada. Essa eleição tem particularidade forte: a gente vai às urnas para votar na democracia. Espero que o país continue numa democracia plena, total e irrestrita.”

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