Incêndio em refinaria de Cuba chega ao 4º dia com uma morte e 121 feridos

Venezuela e México ajudam a combater o incêndio que causou a evacuação de milhares de pessoas da região.

A fumaça cobre toda a área. Foto: Irene Pérez/Cubadebate.

Um incêndio que atinge os tanques petroleiros de uma refinaria na província de Matanzas, em Cuba, entrou no 4º dia consecutivo nesta segunda-feira (8). Com auxílio técnico internacional enviado pelos governos da Venezuela e do México, o país segue combatendo as chamas que alcançaram, na noite deste domingo (07) o terceiro tanque das instalações.

O fogo começou na noite da última sexta-feira (5) após um raio atingir um dos oito tanques de armazenamento da refinaria. O incidente começou no tanque de armazenamento de petróleo bruto 52, e que custou a vida de uma pessoa até agora, enquanto 14 continuam desaparecidos.

No sábado (6), as chamas se espalharam para outro compartimento petroleiro que estava ocupado com sua capacidade máxima, causando uma explosão que deixou 121 feridos. 

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Na manhã desta segunda, o governador de Matanzas, Mario Sabines, confirmou que o incêndio havia atingido três tanques das instalações e disse que a fumaça liberada pela queima do combustível reduz a visibilidade, comprometendo a ação dos bombeiros.

Após a confirmação, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, afirmou que o governo está “avaliando estratégias para as próximas horas, pois é um dia crucial, decisivo”.

Solidariedade internacional

Equipes técnicas da Venezuela e do México chegaram a Cuba ainda no sábado para auxiliar o trabalho das autoridades cubanas. A missão coordenada pela estatal venezuelana PDVSA e é formada por 35 bombeiros especializados e 20 toneladas de insumos para conter as chamas, como pós químicos e espuma. A equipe mexicana é formada por 60 militares e 16 técnicos especializados para prestar assistência aos profissionais cubanos.

Na tarde de domingo, equipes cubanas, venezuelanas e mexicanas conseguiram apagar o fogo que atingia o primeiro tanque que iniciou o incêndio.

Os governos da Rússia, da Nicarágua, da Argentina e do Chile “ofereceram ajuda material solidária diante desta complexa situação”. Ainda segundo Díaz-Canel, os EUA ofereceram “assessoria técnica” à ilha.

Desde as primeiras horas do incidente, o governo cubano atua para evitar que a população local seja afetada pelo fogo. Mais de 1,3 mil pessoas foram evacuadas da região e as autoridades de saúde de Matanzas monitoram casos de emergências respiratórias que podem surgir por conta da grande quantidade de fumaça emitida pelo fogo.

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É mantida uma vigilância estrita sobre as condições que podem levar à evacuação em outras áreas. A cidade não está em perigo até agora, declararam as autoridades.

A Força Aérea do país também trabalha no combate ao incêndio utilizando aeronaves para despejar água sobre as extremidades dos focos e evitar que as chamas se espalhem.

O incêndio também gerou a perda de milhões de litros de petróleo bruto e óleo combustível que estavam armazenados.

O Sindicato Elétrico informou que em decorrência do incêndio, a usina termelétrica Antonio Guiteras saiu de operação por volta da uma da tarde desta segunda-feira. A unidade ficou sem abastecimento de água suficiente para manter as operações. São 1.192 megawatts afetados no sistema elétrico do país.

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Com informações do Brasil de Fato