Perseguidor de Lula, Deltan pode ficar inelegível após julgamento do TCU

Em caso de condenação, o ex-procurador terá frustrado o seu plano de concorrer a deputado federal pelo Paraná

Deltan e Janot (Foto: Agência Brasil)

O ex-procurador Deltan Dallagnol, que agiu em conluio com ex-juiz Sérgio Moro para condenar o ex-presidente Lula, pode ser considerado ficha suja e ficar inelegível nas eleições. Nos próximos dias, o Tribunal de Contas da União (TCU) retoma julgamento em que ele e o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot são acusados de causarem prejuízo ao erário por gastos em viagens e diárias.

Em caso de condenação, o ex-procurador terá frustrado o seu plano de concorrer a deputado federal pelo Paraná. O TCU tem até o dia 15 de agosto para entregar à Justiça Eleitoral a lista de pessoas condenadas por irregularidades nos recursos públicos.

De acordo com a apuração da jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, quem estiver na lista está fora do jogo eleitoral.

No ano passado, o ministro Bruno Dantas acatou representação do subprocurador Lucas Furtado, do Ministério Público junto ao TCU, e determinou um pente-fino nos gastos da Lava Jato com viagens e diárias. Concluiu que houve prejuízo ao erário e violação ao princípio da impessoalidade, com a adoção de um modelo “benéfico e rentável” aos integrantes da força-tarefa.

Leia mais: TCU responsabiliza Janot e Deltan por diárias e passagens da lava jato

(Foto: Divulgação)

Gastos excessivos

De acordo com a investigação do TCU, os procuradores da força-tarefa trabalhavam em Curitiba, mas moravam em outras cidades, não era transferidos para a capital paranaense. Com isso, recebiam diárias milionárias.

O procurador Antonio Carlos Welter recebeu R$ 506 mil em diárias e R$ 186 mil em passagens, Carlos Fernando dos Santos Lima, recebeu R$ 361 mil em diárias e R$ 88 mil em passagens, Diogo Castor de Mattos, R$ 387 mil em diárias, Januário Paludo, com R$ 391 mil em diárias e R$ 87 mil em passagens, e Orlando Martello Junior, que recebeu R$ 461 mil em diárias e R$ 90 mil em passagens.

Janot, que comandava o Ministério Público Federal, e Deltan Dallagnol, que coordenava a força-tarefa, podem ser condenados a devolver recursos solidariamente.

Deltan se filiou ao Podemos e pretende ser candidato a deputado federal pelo Paraná. Janot se filiou ao Podemos do Distrito Federal e também pode ser candidato.

Com informações da CUT

Autor