PSB referenda aliança e nome de Alckmin como vice de Lula

“A minha experiência com a experiência do Alckmin vai significar a maior revolução pacífica que esse país já teve”, afirmou o ex-presidente em discurso na convenção do partido.

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) referendou em sua convenção nacional realizada nesta sexta-feira (29), em Brasília, a aliança nacional em torno da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República e o nome do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como candidato à vice-presidente.

“A minha experiência com a experiência do Alckmin vai significar a maior revolução pacífica que esse país já teve”, afirmou Lula, segundo o qual a aliança que reúne PCdoB, PT, PV, PSB, Rede, Psol e Solidariedade é a maior da história, contando também com todas as centrais sindicais. “Se vocês pegarem o histórico das eleições desde que foi proclamada a República, em nenhum momento da história esse país teve uma candidatura com a grandeza que essa candidatura tem”, disse.

“As pessoas têm que saber nós temos uma preferência em cuidar do povo pobre desse país porque ele precisa comer estudar, trabalhar, não pode continuar sendo o país da mortalidade infantil, do analfabetismo, ter 33 milhões de pessoas passando fome quando é o terceiro maio produtor de alimentos do mundo”, acrescentou Lula.

Lembrando que faltam pouco mais de 2 meses para as eleições, Lula parabenizou intelectuais e empresários que fizeram um manifesto pela democracia, numa demonstração de que ninguém acredita nos rompantes e mentiras de quem hoje governa o Brasil. Para ele, Bolsonaro não tem que ter medo da urna eletrônica, mas do povo que está cansado e enojado “com tanta fake News” e comentou que o presidente nunca se reuniu com as centrais sindicais, o movimento social ou reitores de instituições de ensino federais. “O que ele fez foi ofender os indígenas e os quilombolas”, comentou Lula, que prometeu criar o Ministério dos Indígenas e afirmou que o presidente da Fundação Nacional do Índio poderia ser um advogado indígena.

“Eu e o Alckmin não vamos governar, vamos cuidar das mulheres, vamos cuidar das crianças, cuidar de gente, para que esse país volte a ser um país em que prevaleça o amor e não o ódio. É com muito orgulho que recebo o referendo do PSB”, declarou. “Nós vamos ter que recuperar a cidadania desse país. A obra de recuperar esse país não será nem do Alckmin nem minha. Nós seremos apenas o síndico”, acrescentou, convocando os apoiadores a irem às ruas em busca de votos: “A gente não ganha eleição dentro de casa”.