Bolsonaro quer privatizar três refinarias da Petrobras antes das eleições

De acordo com o Sindipetro-SP, no ano passado, a Petrobras já havia fracassado em sua investida de privatização desses ativos

Refinaria Abreu e Lima é um símbolo da decisão política de impulsionar o desenvolvimento regional

Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, querem avançar ainda mais na privatização da Petrobras antes do término do governo entreguista. Eles reabriram o processo de venda de três refinarias a Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco; Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná; e Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul. As três juntas têm 23% da capacidade de refino do país.

Agora, o prazo máximo para o recebimento de ofertas passou para o dia 29 deste mês. Especialistas ouvidos por reportagem do Sindipetro SP apontam que suposto desinteresse do mercado representa, na verdade, tentativa de adquirir refinarias por um valor abaixo do mercado; instabilidade política e mobilização dos petroleiros também têm pesado na balança.

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De acordo com o Sindipetro-SP, no ano passado, a Petrobras já havia fracassado em sua investida de privatização desses ativos. No caso da Repar, houve a abertura de dois teasers, ambos encerrados por propostas aquém do esperado. Em relação à RNest, a empresa anunciou em agosto do ano passado que os interessados haviam declinado das propostas. E a venda da Refap foi encerrada após negociações frustradas com o grupo Ultrapar.

A venda dessas refinarias faz parte de um acordo firmado em 2019 entre a Petrobrás e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Na ocasião, a estatal aceitou vender oito de suas 13 refinarias – o que totaliza uma capacidade instalada de processamento de 1,1 milhão de barris ou 50% do seu parque de refino – para encerrar uma investigação sobre conduta anticompetitiva no setor.

Com informações da FUP

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