Petroleiros protestam contra venda de refinaria em Betim

Categoria teme que a Refinaria Gabriel Passos integre o plano de privatização do governo federal

Petroleiros realizaram ato diante da refinaria - Divulgação


Para denunciar o sucateamento da Refinaria Gabriel Passos (Regap) em Betim, na Grande Belo Horizonte, com vistas à privatização e também contra a falta de transparência da Petrobrás sobre o processo de venda da empresa, petroleiros de Minas e de outros estados realizaram hoje um ato junto à portaria da unidade mineira e por todas as bases do Sistema Petrobras do país. A categoria entende que a privatização da refinaria terá consequências nefastas para os trabalhadores e a sociedade brasileira, representando elevação no preço dos combustíveis.

“A venda da Regap está para ser realizada pelo governo, conforme informações que tivemos. A categoria de Minas já aprovou uma greve se a assinatura acontecer. O governo Bolsonaro já anunciou que vai apresentar um projeto de lei para votação pela privatização, e os petroleiros de todo o país vão entrar em greve caso a privatização seja aprovada. Essa será, provavelmente, a maior greve de petroleiros da história do país”, afirmou Anselmo Braga, diretor da Sindipetro/MG.

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“Estamos em defesa da Petrobras, uma estatal pública a serviço do povo. Nós somos também contra a política de preços que foi colocada para privatizar a Petrobras. Na refinaria que já foi vendida no Brasil, na Bahia, a venda de combustíveis já está mais cara do que no resto do Brasil. Então, já temos um exemplo claro do que pode acontecer em Minas caso essa venda aconteça”, observou Braga.

A Petrobras foi obrigada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a vender oito refinarias para deixar de deter o monopólio sobre o refino de petróleo no Brasil e algumas transações foram concluídas, como as vendas da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, Refinaria Isaac Sabbá, no Amazonas, e a Unidade de Industrialização de Xisto, no Paraná. No entanto, a empresa nada informa quanto a venda da Regap, o que deixa os petroleiros apreensivos

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