Novas pesquisas confirmam vantagem de Lula sobre Bolsonaro

Petista segue com dianteira expressiva entre mulheres, jovens e pessoas de renda mais baixa

(Foto: Ricardo Stuckert)

A 88 dias – ou pouco menos de três meses – das eleições 2022, duas novas pesquisas mostram que a disputa continua polarizada entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual, Jair Bolsonaro (PL). Conforme os levantamentos, Lula segue em vantagem tanto no primeiro quanto no segundo turno.

A pesquisa PoderData, realizada de 3 a 5 de julho de 2022 e publicada nesta quarta-feira (6) no Poder360, aponta o petista com 44% das intenções de voto, enquanto Bolsonato tem 36%. Na sequência aparecem Ciro Gomes (PDT, 5%); André Janones (Avante, 3%); Simone Tebet (MDB, 3%) e Luiz Felipe d’Avila (Novo, 1%). Os demais candidatos foram citados, mas não pontuaram.

No segundo turno, Lula também abre 12 pontos de vantagem diante do presidente: 50% a 38%. “O petista segue com vantagem expressiva sobre Bolsonaro entre mulheres, jovens e pessoas de renda mais baixa, enquanto o presidente tem sua melhor pontuação entre os que ganham 5 ou mais salários”, destaca o Poder360.

Já no levantamento do instituto Quaest, contratado pelo banco Genial, indica números ainda mais confortáveis para Lula. Se a eleição fosse hoje, ele teria 45% das intenções de voto, e Bolsonaro, 31%. Pontuaram, ainda, Ciro (6%), Janones (2%), Tebet (2%) e Pablo Marçal (Pros, 1%).

“Esta rodada mostra que a polarização está muito consolidada”, analisa o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest. “Com esses números, não é possível afirmar se a eleição será definida no 1º turno”. Ao que tudo indica, a ligeira melhora na imagem do presidente e de seu governo, fruto de pacotes eleitoreiros anunciados ou lançados nas últimas semanas, não se traduziu efetivamente em voto.

“Os escândalos com a prisão do ex-ministro da Educação e as denúncias de assédio contra o presidente da Caixa também ficaram conhecidas (54% cada uma) e produziram danos sobre as chances de voto em Bolsonaro”, afirma Nunes. “O comportamento pró-ativo de Bolsonaro também foi constrangido pelo fato de que a economia continua sendo o principal problema para os eleitores. O segundo lugar é ocupado agora por questões sociais, o que agrava ainda mais o cenário.”

A pesquisa Genial/Quaest entrevistou 2 mil eleitores, entre 29 de junho e 2 de julho. O PoderData, por sua vez, ouviu 3 mil eleitores, por telefone, em 317 municípios de todos os estados. Nos dois levantamentos, a margem de erro é de dois pontos percentuais.

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