Com Bolsonaro, incêndios na Amazônia e Cerrado crescem 20% e desmatamento bate recorde

Dados indicam que a boiada continua passando, em referência ao ex-ministro Ricardo Salles.

O governo Bolsonaro segue com a cartilha de descaso e ataques ao meio ambiente mesmo após um ano da troca do ex-ministro Ricardo Salles pelo atual ministro Joaquim Leite, como indicou reportagem da Folha de São Paulo. Inclusive, Leite acumula piores resultados à frente da pasta do que o seu antecessor, que sugeriu “ir passando a boiada” com flexibilização de normas ambientais durante a pandemia de Covid-19.

Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) indicam que os incêndios na Amazônia e no cerrado cresceram 20% em comparação com o mesmo período de 2021. Em abril, o Instituto já tinha alertado sobre o desmatamento na Amazônia que superou 1.000 km².

Já entre agosto de 2020 e julho de 2021, um ano inteiro, o desmatamento ficou em 13.235 km².

Os dados para a Mata Atlântica também preocupam. A ONG SOS Mata Atlântica indicou que os números para 2022 já são 66% maiores que no ano anterior.

No site do ex-presidente Lula, pré-candidato à presidência e líder nas pesquisas de opinião, é apontado o contraste com o atual governo. Com Lula como presidente a taxa de desmatamento na Amazônia caiu 80% entre 2004 e 2012, segundo o Inpe.

Também foi indicado que nas diretrizes do seu plano de governo Vamos Juntos pelo Brasil, que tem como vice na chapa o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, a defesa da Amazônia, o combate ao desmatamento, o respeito às leis ambientais e a proteção dos povos indígenas, aliado ao enfrentamento das mudanças climáticas, são prioridades.

Está na diretriz 49 do programa: “Vamos combater o uso predatório dos recursos naturais e estimular as atividades econômicas com menor impacto ecológico. Para isso, será necessário recuperar as capacidades estatais, o planejamento e a participação social fortalecendo o Sistema Nacional de Meio Ambiente e a Funai. Reafirmamos o nosso compromisso com as instituições federais, que foram desrespeitadas e sucateadas por práticas recorrentes de assédio moral e institucional.

Com informações Folha de São Paulo e Portal Adt Amazônia Brasileira

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