Colômbia: Oposição tem programa com enfoque de gênero e feminista

Combater a violência, reconhecer o trabalho doméstico e um Ministério da Igualdade são propostas do governo do Pacto Histórico.

Atividade de pedagogia feminista e popular em Bogotá antes do primeiro tuno | Foto: @milenaria.se

No último 29 de maio foram realizadas as eleições presidenciais na Colômbia e haverá um segundo turno de votação. Os candidatos Gustavo Petro, de esquerda e progressista, e Rodolfo Hernández, de extrema-direita, competirão depois de acumular 40,34% e 28,17% dos votos, respectivamente.

Embora mais de 39 milhões de pessoas tivessem direito a votar e apenas 54,73% tenham comparecido, tratou-se de uma eleição histórica para a esquerda na Colômbia: foi um triunfo da estratégia de unidade na fórmula do Pacto Histórico, após 30 anos de desgoverno uribista e neoliberal.

Foi a eleição na qual irrompeu para a política partidária a reparação simbólica que significa para os povos a candidatura de Francia Márquez, líder socioambiental, defensora dos direitos humanos e feminista afro. E foi também um triunfo da narrativa de uma vida saborosa. Com a paz consolidada, a batida do coração da Greve Nacional e a rebelião popular que impulsiona as reformas para garantir os direitos fundamentais.

A Marcha Notícias cobriu a votação nos bairros populares e de resistência, como o Gustavo Restrepo, Ciudad Bolívar e Casa Grande, em Bogotá e vimos que poucos jovens foram às seções eleitorais, mas para o segundo turno, que ocorrerá neste domingo, 19 de junho, não deve triunfar o desânimo para os povos.

Periferias de Bogotá não viram grande participação jovem no pleito de 19 de maio | Foto: : @milenaria.se/ Marcha

As feministas de dentro do espaço que poderia ser governo com bandeiras populares, anti-racistas, ambientalistas e antimilitaristas afirmam que após as eleições se encheram de força para derrubar o patriarcado, representado pelo candidato da direita, Rodolfo Hernández, e encheram as ruas de pedagogia e cor para convencer àquelas mulheres e dissidências sexuais que ou não foram votar, ou não estão convencidas a votar em Gustavo Petro, mas respeitam Francia Márquez e não querem fazer parte de um projeto político de ódio.

Mulheres proprietárias de terras, paridade no local de trabalho e em toda parte, um sistema nacional de cuidado com foco rural, um caminho seguro para cuidar de mulheres em situações de violência, reconhecimento do trabalho doméstico como contribuição para pensões e um Ministério da Igualdade são algumas das propostas do governo do Pacto Histórico.

Neste contexto, conversamos com Susana Muhamad (vereadora de Bogotá) e Joan Lizeth Moreno e Yess Moreno Rodríguez, ativistas de “Feministas e Plebeias”, que constroem o programa de governo, dentro do Partido Colômbia Humana e da coalizão Pacto Histórico, contribuindo para a democratização da participação política.

Faltando poucas horas para uma definição histórica para a Colômbia, vozes feministas de mulheres populares reivindicam poder para a vida e para a paz.

– Fala-se de uma feminização do protesto durante a Greve Nacional, foi assim? Como foi o protagonismo dos feminismos populares durante naqueles meses?

Joan Lizeth Moreno: O que aconteceu no ano passado foi como uma bomba que ia explodir em algum momento; levamos anos contendo uma violência do Estado que atingiu seu auge e dissemos: “não mais”; então, foi a resposta das gerações mais jovens que foram para as ruas a arriscar a própria pele e ocupar espaços.

Também foi muito bonito ver o cuidado coletivo, e o feminismo teve um papel importante nisto, porque na história de nosso país, foram as mulheres que mais resistiram à guerra, que foram mais afetadas, violadas de todas as maneiras possíveis; mas também quem sustentaram estes processos de memória, de busca de verdade e justiça; e isto acabou sendo explícito na greve.

Joan Lizeth Moreno durante conversa em Bogotá | Foto: Vanessa Martina Silva/ ComunicaSul

Portanto, foi muito bonito ver o apoio entre a comunidade, as cozinhas comunitárias porque faltava de fato comida, e mais, um menino da Primeira Línea, em Cali, disse que comeu melhor durante a greve do que em casa.

Outra coisa bonita é que da greve tem origem o esquema dos Direitos Humanos Feministas, que são um grupo de companheiras que se organizam para enfrentar a violência policial com enfoque de gênero.

Então elas ficavam até tarde resistindo porque, além de todas as coisas bonitas que vivemos, havia também muito terror, vimos transmissões ao vivo de como a polícia estava atirando em todo mundo.

O que aconteceu durante a greve foi uma forma descarada de este Estado desnudar todas as práticas violentas que historicamente ocorreram no interior, os desaparecimentos forçados, os assassinatos; foi uma época de grande medo.

Você tentava voltar para casa, mas sabia que poderia se encontrar com a morte a qualquer momento e isso aconteceu comigo, fui espancada por cinco policiais e, felizmente, fui salva.

Portanto, tudo o que vivemos com a campanha do Pacto Histórico é uma resposta clara ao que aconteceu na greve, sim, as pessoas estão cansadas da violência e é uma violência que se manifesta de todas as formas.

Aqui eles nos matam e são as instituições; na verdade, não temos a cifra de quantas pessoas desapareceram durante a greve. A recepção a esta campanha é uma resposta a esta rejeição à violência, estamos cansados, cansados.

Susana Muhamad: Estive durante quase um mês e meio em um ponto de protesto muito específico, chamado Portal da Resistência, antigo Portal das Américas; uma estação no sistema de transporte público Transmilênio e, como vereadora, fui realizar o controle político dos abusos aos direitos humanos em tempo real e acompanhar a juventude popular; me deparei com a lógica de mobilização do protesto social e o vi em muitos pontos de resistência em Bogotá: as mulheres não só tiveram um papel de cuidado, em termos de organização, por exemplo, a cozinha comunitária, mas foram elas que realizavam as assembleias cidadãs para dar um sentido democrático à greve.

Susana Muhamad, vereadora de Bogotá esteve ativamente na greve nacional | Foto: Vanessa Martina Silva/ ComunicaSul

Houve muito debate nas assembleias em torno do protesto e do abuso sexual de mulheres e do assédio sexual na rua no âmbito do protesto.

Os coletivos de mulheres colocaram esse debate sobre direitos humanos publicamente no Portal da Resistência uma noite que foi chamada de “Uma noite sem medo”, quando procuraram 24 horas sem a intervenção policial e houve discussões muito interessantes nesse âmbito.

A questão para as feministas era como quebrar essa lógica militarista dominada por atores que entraram na greve, como quadrilhas de microtráfico, grupos fora da lei que queriam romper o protesto social e também a infiltração policial. Eu vi como as mulheres tiveram que se retirar porque houve um cenário de confronto. Elas disseram “não ao militarismo”, o que foi uma postura política, em outras palavras, “como feministas, não vamos jogar a lógica militar”. As mulheres tiveram um papel fundamental na tentativa de garantir que o protesto conduzisse a cenários democráticos.

– O que “Feministas e Plebeias” agrega ao Colômbia Humana?

Susana Muhamad: Vou começar pela Colômbia Humana, que é um movimento popular de massa, de mobilização cidadã e social, que não é um partido estruturado e, portanto, é também um movimento que tem seguido a liderança de Gustavo Petro e tem mobilizado maciçamente a cidadania.

Tem um grande futuro de lógica de vanguarda, temos militando aqui há muitos anos. Fazemos parte de um grupo de mulheres que procuram manter esta posição de que sim podemos ter uma voz feminista a partir de dentro.

Somos um movimento democrático, portanto Feministas y Plebeyas representa a construção do feminismo dentro do Colômbia Humana, uma ação que não é fácil, mas ao mesmo tempo corajosa, pois ainda há muita violência no movimento.

Feministas e Plebeias realizando atividades de campanha | Foto: @milenaria.se/ Marcha

Assim, Colômbia Humana dentro do Pacto Histórico é a mobilização de massas que representa a mobilização das causas sociais, a mobilização das bases e dos cidadãos articulados em rede; é uma política totalmente diferente daquelas dos outros partidos de esquerda que têm estruturas tradicionais e convencionais e que exercem a política como transação ou clientelismo.

É a lógica de que o cidadão ou a cidadã comum, mais os e as ativistas sociais de base articulados em torno das causas podem se mobilizar politicamente. E estamos no processo de nos constituirmos como um movimento político formal e em um importante debate sobre como não perder o que nos torna únicas e únicos.

– O que vocês, feministas, pensam da candidatura de Francia Márquez? Como sua figura repercute e como vocês desenvolvem a campanha nos territórios do país?

Yess Moreno Rodríguez: Francia [Márquez] torna-se a figura política feminina ao lado de Gustavo Petro, ou seja, em condições de igualdade.

Se Petro se tornar presidente, se ele ganhar, eles decidiram simbolicamente e politicamente dizer “somos um casal de iguais que vai governar o país”.

Durante a campanha, Francia conseguiu reunir o feminismo um pouco também em contradição com o próprio Gustavo Petro. Foi gerado um par representativo da sociedade colombiana, de coletivos de mulheres e movimentos feministas que se identificam com Francia, e Petro, que está falando à maioria das mulheres colombianas muito conservadoras.

As discussões feministas geraram batalhas e decisões políticas; por exemplo, as listas de deputados no Congresso paritárias e fechadas, empurradas por todo um debate anterior existente desde 2019.

Francia e Petro são a dupla que representa a sociedade colombiana | Foto: Vanessa Martina Silva/ ComunicaSul

Portanto, foi uma maneira de Gustavo Petro mostrar que a igualdade de gênero está aqui, ainda que as feministas sigam sendo muito críticas. Na realidade, quando se olha para a bancada eleita, há muitas mulheres líderes sociais que nunca teriam sido membros do Congresso se esta lista não tivesse sido gerada, o que foi uma decisão e vontade política do Pacto Histórico. E embora alguns tenham dito “é uma forma de Gustavo Petro se defender, uma reação”, é uma conquista feminista.

Nós, “Feministas e Plebeias”, temos uma linha clara e estratégica de pensamento sobre os lugares que queremos ocupar; portanto, também contribuímos para o que hoje é o programa de Gustavo Petro e Francia Márquez, no qual temos um enfoque de gênero e que tem sido nosso compromisso.

Nós sonhamos com o Ministério da Igualdade e hoje é uma proposta que tomou forma e foi uma luta. Também sonhamos que Francia Márquez fizesse e embora ela não esteja no “Feministas e Plebeias”, há um trabalho de articulação com seu espaço e é isso que estamos procurando no Colômbia Humana.

E também gostaria de mencionar um nó chamado Juventude Humana, que tem um Comitê de Mulheres e Diversidades que foi o primeiro processo a evidenciar que existe violência política dentro do movimento pelo fato de sermos mulheres, diversidades e feministas.

Aí fizemos as denúncias públicas, não ficamos em silêncio e não só não ficamos em silêncio em nossas denúncias como também estamos propondo que o coração do Colômbia Humana esteja também no âmbito da juventude, das mulheres e das feministas que carregam estas importantes bandeiras e isto significa que nossas companheiras agora também são consideradas e eleitas em nível nacional, que façam parte dos conselhos de ação comunitária e isto mostra a vocação para o poder que temos na Colômbia Humana.

Atividade pedagógica realizada no Transmilênio antes do primeiro turno das eleições presidenciais | Foto: @milenaria.se

Nós vínhamos de um trabalho interno para gerar um protocolo para o tratamento das violências de gênero e da violência contra as diversidades sexuais na Colômbia Humana que ficou paralisado pela campanha que absorveu tudo.

Portanto, teremos que continuar; também estamos trabalhando no lançamento de uma comissão independente de alto nível para realizar um diagnóstico de violência de gênero e violência contra a diversidade sexual dentro do movimento e violência política contra as mulheres e a capacidade do exercício político das militantes do Colômbia Humana.

Esta é nossa maneira de ocupar a política; estamos em espaços diferentes, portanto, por exemplo, a estratégia pedagógica procura mostrar que o programa governamental do Pacto Histórico tem um enfoque de gênero e é feminista.

Nosso compromisso é com o feminismo popular e articulamos com outras formas de luta e por isso decidimos construir um movimento misto com todas as implicações que isso tem porque a Colômbia Humana é um espaço onde nos identificamos e onde não tem sido fácil tomar a decisão de ficar e é essa disputa que fizemos e que hoje nos dá politicamente razão.

Não estamos no Colômbia Humana para apoiar aqueles que nos violentaram — porque também experimentamos casos de companheiros que foram denunciados por violência — estamos aqui para contribuir com uma corrente de pensamento que queremos que seja vanguarda na Colômbia e no mundo.

Queremos feminizar a política e que as companheiras comecem a participar; portanto, algo importante que conseguimos em termos territoriais é que temos duas conselheiras juvenis locais em Barranquilla e Bogotá, e temos representação internacional com Carmen Ramírez, uma líder feminista indígena exilada que vive na Suíça e foi eleita para a Câmara dos Deputados. O fato é que, quando estamos juntas, transformamos o que fazemos.

A entrevista foi coletiva e ocorreu em 27 de maio de 2022 em uma das casas de campanha do Pacto Histórico, no bairro de Teusaquillo, Bogotá, e foi um ato de divisão de poder entre militantes e jornalistas.

Para “Feministas e Plebeias”, uma organização dentro do Colômbia Humana e do Pacto Histórico, a tríade da representação dos feminismos no governo, no Congresso e nos movimentos populares é uma bússola à qual elas alegremente acrescentam as bandeiras anti-racistas, antimilitaristas, ambientalistas e interseccionais.

É por isso que à reunião se juntou Angie Gonzales de la Oss, por videochamada, uma ativista de Sincelejo, na costa norte do Caribe, se juntou à reunião por videochamada.

Em alguns momentos a emoção brotava do corpo-território, assim como a solidariedade que se evidenciava sem fronteiras. À medida que as palavras foram surgindo, as subjetividades também: durante a conversa, recebemos a visita de Aída Avella, senadora da União Patriótica, e Florence Poznanski, da liderança nacional do partido de esquerda França Insubmissa.

E havia os lenços verdes da Argentina em mãos brasileiras e equatorianas, conhecendo a letra das canções das “Pata Pelá”, que nos querem vivas e livres.

Também compartilhamos a memória feminista para recordar a vida da “Feminista e Plebeia”, Wendy Calderón Venegas, uma militante de 29 anos que cresceu no 9º distrito de Fontibón, era estudante de trabalho social, defensora dos Direitos Humanos e que morreu em 8 de agosto de 2021, após um caminho de obstáculos, maus-tratos e violência baseada no gênero a partir de estruturas sistêmicas patriarcais e políticas tradicionais por fazer o que ela mais acreditava: unir militância com os territórios para construir feminismos populares para uma vida digna. É por isso que a questão da violência política é recorrente para quem habita a organização e aborda as discussões em feminismos e movimentos sociais.

“Eu me declaro em #EmergênciaNacional pela violência machista Pela vida das mulheres | Foto: reprodução

– Como é fazer campanha a partir de um feminismo interseccional nos territórios rurais da Colômbia?

Angie Gonzales de la Oss: Sucre é um dos estados onde a população e o território são 80% rural. Portanto, aqui, os feminismos populares estão baseados principalmente nos bairros. O feminismo universitário — para as que conseguimos entrar na universidade — fazer ativismo através de organizações estudantis e junto com mulheres camponesas em associações de produtores ou organizações de mulheres indígenas, mulheres camponesas, artesãs e trabalhadoras de cuidado, que se organizam ou se unem.

São feminismos a partir de camponeses, indígenas e, no caso daquelas de nós que conseguem ter acesso às universidades, das organizações estudantis e dos bairros populares.

Daí que vem o termo “comadres” para se referir às mulheres vizinhas ou amigas que estão sempre fazendo círculos, que é o que as mulheres populares conhecem; o círculo da palavra que tem sido historicamente usado entre vizinhos quando se veem através dos pátios, na área rural, nas cozinhas.

Assim, as mulheres nesse cenário de poder que é a cozinha aberta que margeia o quintal do vizinho têm aí sua comadre, que no momento de foram fazer comida ou o doce para a família, acabaram se comunicando através das cozinhas.

Angie Gonzales de la Oss, em videochamada | Foto: Vanessa Martina Silva/ ComunicaSul

Assim, a vizinha acaba se tornando a comadre, pois é com ela que eles conversam todos os dias sobre a realidade que eles têm em comum. O conceito de comadrio nasce aí, do conceito de comadre, que é minha vizinha, minha amiga, aquela para quem eu conto minha realidade.

Essa é a base para as campanhas de divulgação: um círculo de boca a boca, uma pessoa em um pátio diz à pessoa no pátio seguinte e depois a pessoa no pátio seguinte diz à outra, e assim por diante.

Susana Muhamad: Nosso feminismo vê o processo político como uma mesa com três pernas: há o governo, o Congresso e a mobilização nas ruas; e na América Latina e no Caribe, todos os governos progressistas tiveram que ter esta confluência para se sustentarem, porque a primeira coisa que virá é a tentativa de derrubar o governo, especialmente porque esta é a primeira vez na história da Colômbia que haverá um governo de esquerda e progressista.

Consolidar esta tríade é muito importante e confiar em Francia Márquez e Gustavo Petro porque eles vêm da luta de mobilização de massa e popular. Porque já estivemos em um governo, o da Bogotá Humana, quando ele foi prefeito, que era um governo que o establishment não entendia porque o próprio governo mobilizava os cidadãos, às vezes contra o próprio governo.

É preciso ter a população mobilizada para a mudança, portanto este contexto significa que chegar ao poder é mais do que um risco de institucionalização, é mais que o presidente e vice-presidente, a bancada no Congresso, é uma grande oportunidade de acompanhar a mobilização das bandeiras das mulheres que se tornaram estratégicas porque as mulheres não estavam determinadas a votar a favor deste projeto político.

Este país tem uma grande proporção de mulheres chefes de família que têm que trabalhar dois e três dias por semana para sustentar seus filhos e que não viram a greve como uma luta revolucionária, mas sim como uma ameaça nos bairros e como uma ameaça à segurança pública, que está em crise.

Em outras palavras, foi um exercício político da campanha para fazer chegar as mensagens às mulheres. Eles são o terreno eleitoral, um campo de disputa fundamental para vencer. Por esta razão, o programa governamental de Gustavo Petro e Francia Márquez tornou-se extremamente importante. É uma grande oportunidade para as mulheres de que suas lutas — que tomaram muito tempo — posam ir adiante.

“Mulheres, coração da mudança” | Foto: Vanessa Martina Silv/ ComunicaSul

Na noite de domingo, 29 de maio, antes do discurso de Gustavo Petro, no Hotel Tequendama em Bogotá, foi dito: “pelas gays, as trans, por nós mulheres, a luta continua”.

Havia lenços verdes e calor feminista. As mulheres na Colômbia são a maioria e as que historicamente mais têm exercido seus direitos políticos. Os povos da Colômbia continuam exalando amor e dignidade, como dizem muitos dos graffiti e murais nas ruas.

O desafio não é fácil, mas as campanhas não são mais únicas. Que domingo seja um encontro para consolidar uma vitória popular e, é claro, outra conquista feminista regional.

Tradução: Vanessa Martina Silva/ ComunicaSul