Programa Lula-Alckmin terá participação popular

A base do programa será assentada em três eixos: desenvolvimento social e garantia de direitos; desenvolvimento econômico, sustentabilidade socioambiental e combate à crise climática; e reconstrução do Estado, da soberania e defesa da democracia.

Reunião realizada hoje pela equipe que discute a construção do plano de governo da futura chapa encabeçada pelo ex-presidente Lula e pelo ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, definiu pela criação de uma plataforma digital na qual as pessoas poderão participar do debate programático e enviar sugestões, a partir de um texto inicial a ser proposto por esse grupo suprapartidário. Do grupo participam dois representantes de cada um dos sete partidos que já definiram compor a coligação que será encabeçada por Lula e Alckmin: PT, PCdoB, PV, Rede, PSOL, PSB e Solidariedade.

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As sugestões serão recebidas pelo prazo de um mês a partir da divulgação do texto inicial. Após esse prazo, a plataforma continuará ativa, recebendo contribuições até o final da campanha eleitoral. Sugestões poderão ser incorporadas entre as políticas de um eventual governo Lula-Alckmin.

A plataforma deverá permitir a realização de debates e o envio de documentos dentro do próprio ambiente virtual, como uma espécie de rede social. Terá também um canal de organização para envolver a participação dos comitês populares e organizações dos movimentos sociais.

Pelo PCdoB, participam do grupo Luis Fernandes e Rubens Diniz. Segundo Diniz, o programa estará assentado em três eixos principais: desenvolvimento social e garantia de direitos; desenvolvimento econômico, sustentabilidade socioambiental e combate à crise climática; e reconstrução do Estado, da soberania e defesa da democracia.

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 “Nossa intenção é que o programa possa responder ao sentido de frente ampla, de um movimento que englobe amplos setores sociais em torno da reconstrução nacional, do resgate da democracia e do fortalecimento da soberania nacional, pontos muito atacados por Bolsonaro e seu governo”, afirma Diniz.

Além desses aspectos estruturantes, o grupo deverá debater e propor medidas de curto prazo, que busquem solucionar os dilemas que afetam o cotidiano dos brasileiros, tornando a vida mais difícil, como inflação, carestia, fome e desemprego.  “O Estado deverá ser propulsor do desenvolvimento nacional, com medidas que possibilitem a geração de emprego e renda”, acredita Rubens Diniz.

Esse grupo deve ser reunir todas as quintas-feiras para avançar na construção do programa que poderá tirar o país da crise em que se encontra.

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