Com vantagem sólida, Lula segue líder em nova pesquisa XP/Ipespe

Em relação à pesquisa anterior, de 6 de maio, Lula manteve a pontuação, ao passo que Bolsonaro oscilou um ponto para cima, dentro da margem de erro

(Foto: Ricardo Stucker)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotaria o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), se as eleições ao Planalto fossem hoje. É o que indica a nova pesquisa XP/Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (13). Conforme o levantamento, no cenário mais provável de primeiro turno, Lula tem 44% das intenções de voto, contra 32% de Bolsonaro.

Em relação à pesquisa anterior, de 6 de maio, Lula manteve a pontuação, ao passo que Bolsonaro oscilou um ponto para cima, dentro da margem de erro. O presidente foi o principal beneficiário da saída do ex-juiz Sergio Moro da corrida presidencial. Na última pesquisa em que o nome de Moro era considerado, ele tinha 9%, e Bolsonaro, 26%. É como se dois terços dos votos de Moro tivessem passado para o presidente.

Na sequência desta nova pesquisa, aparecem o ex-ministro Ciro Gomes (PDT, 8%), o ex-governador paulista João Doria (PSDB, 3%), o deputado federal André Janones (Avante, 2%) e a senadora Simone Tebet (MDB, 1%). Quatro candidatos – Luciano Bivar (União Brasil), Felipe d’Avila (Novo), Vera Lúcia (PSTU) e Eymael (DC) – não pontuaram. Há 3% de indecisos e outros 7% que declaram voto em branco ou nulo.

Numa disputa de segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o ex-presidente seria vitorioso com folga: 54% a 35%. É a nona rodada seguida da pesquisa XP/Ipespe em que Lula se mantém entre 53% e 54%. Em segundo turno, o ex-presidente também venceria Ciro (52% a 25%) e Doria (55% a 20%).

Outro recorte da pesquisa revela que ainda é alta a rejeição ao governo Bolsonaro – o que impede um desemprenho melhor do presidente em sua busca pela reeleição. Para 51% dos brasileiros, a gestão bolsonarista é “ruim” ou “péssima”. Apenas 32% avaliam o governo como “bom” ou “ótimo”. Já a maneira como Bolsonaro administra o País é desaprovada por 60%.

A economia superou a pandemia como principal calcanhar-de-aquiles do atual governo. Segundo 62% dos brasileiros, a economia no Brasil, no momento, está no caminho errado. Nada menos que 98% notam que a inflação e o preço dos produtos “aumentaram” nos últimos meses – e 77% dizem que “aumentaram muito”.

Para os próximos meses, o pessimismo impera: 41% acham que a inflação continuará a aumentar muito e 22% dizem que vai aumentar. Entre os “temas mais importantes para serem tratados pelo próximo presidente”, 49% mencionam pautas econômicas: 26% citam “inflação e custo de vida”; 15% falam em desemprego; 7% apontam “fome/miséria” e 1% destaca o salário. Não por acaso, 59% dos eleitores afirmam que não votariam em Bolsonaro “de jeito nenhum”.

A pesquisa XP/Ipespe ouviu mil eleitores, de todas as regiões do País, entre os dias 9 e 11 de maio. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

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