Luta em defesa do trabalho digno em parceria com os movimentos sociais

Sindicalistas se uniram a movimentos sociais diversos para discutir uma pauta comum no Fórum Social das Resistências, em Porto Alegre, nesta quinta (28).

Assembleia de Convergências do Fórum Social das Resistências 2022

No dia 28 de abril de 2022, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS) e um coletivo de articulações compostas por organizações, entidades e grupos de movimentos de todo o país realizou a Assembleia de Convergência – Pela vida e trabalho dignos! Basta de racismo, machismo e LGBTfobia! #BolsonaroNuncaMais. O objetivo do encontro foi discutir a potência do entrelaçamento da luta de classes com a luta por direitos das mulheres, pela igualdade racial, pelos direitos LGBTs e todas as lutas na defesa da vida e da democracia dentro do processo do Fórum Social das Resistências.

A Assembleia ocorrida em auditório da Câmara Municipal de Porto Alegre foi organizado pela CTB, CUT, FBP, UBM, MMM, Unegro, UNALGBT, Conam, Multiplicidade, Ames e RedeLesbi.

Assim, além de refletir o entrelaçamento da luta de classes com a luta por direitos das mulheres, pela igualdade racial, pelos direitos LGBTs e todas as lutas na defesa da vida e da democracia no atual cenário político, a assembleia apontou caminhos de fortalecimento e mobilização para o próximo período, mas também para fortalecimento das bases pelo Brasil e pelo mundo, potencializando sujeitos, lutas e transformações sociais.

Nesse sentido, o grande desafio em 2022 é derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo, um projeto negacionista que ataca diariamente as instituições, colocando em risco o Estado democrático de direito; colocando em risco a vida do povo brasileiro, principalmente a vida das mulheres, das mulheres negras chefes de família e a comunidade LGBTQIA+.

Neste momento, é necessário intensificar as nossas lutas e olhar para a frente, mobilizar a esperança, reunir a força de todos os movimentos, em especial a força da classe trabalhadora nas ruas, com mobilizações para promover um futuro de mudanças que transformem o país. O desafio é lutar para superar a gravíssima crise em que o Brasil se encontra, que se manifesta em todos os setores, tanto econômico, político, social, sanitário, ambiental e cultural.

Portanto, entre as pautas prioritárias, é necessário e urgente garantir que as políticas públicas se voltem para a superação das diversas formas de opressão e desigualdades, inclusive de acesso e permanência no mercado de trabalho de pessoas com deficiência, população LBGTQIA+, imigrantes, juventude, mulheres, população negra, população rural, povos e comunidades tradicionais do campo, das águas e das florestas, entre outros grupos, além de políticas que combatam práticas discriminatórias e de violência contra esses segmentos da população. Promover a erradicação da fome, termos pleno emprego, combater a carestia e garantir a segurança alimentar.

Propostas

Principalmente nesta quadra política onde o Brasil vive um projeto ultraliberal na economia e conservador nos costumes, é fundamental a unidade dos(as) trabalhadores(as), dos movimentos sociais, dos partidos políticos, dos(as) democratas e amplos setores da sociedade, para que com grande amplitude e unidade consigamos derrotar nosso inimigo de classe e sua turma.

Precisamos seguir nas ruas e nas redes lutando para derrubar Bolsonaro e o bolsonarismo. Neste ano de 2022, temos a possibilidade de nas urnas ter de volta um governo popular e democrático que defenda um projeto de reconstrução nacional com uma agenda positiva para os(as) trabalhadoras(es).

O entrelaçamento da luta de classes com a luta por direitos das mulheres, pela igualdade racial, pelos direitos LGBTs e todas as lutas na defesa da vida e da democracia devem fazer parte de uma agenda de lutas comuns nesse próximo período.

Em 2022, a “bandeira da unidade e da esperança serão a chave da nossa vitória!”

Também foi realizado o lançamento de livros com a presença do dirigente nacional da CTB, Carlos Rogério Nunes, que lançou: Lutas do Proletariado Brasileiro – Centrais Sindicais e Movimentos Sociais nas Manifestações de Junho 2013.

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