Fóruns sociais debatem reconstrução nacional, a partir do dia 26

O Fórum Social das Resistências e o Fórum Social Justiça e Democracia, que acontecem de 26 a 30 de abril, terão como desafio central fortalecer a luta contra a extrema-direita e retomar o desenvolvimento do país.

Daqui a poucos dias, terão início em Porto Alegre dois importantes eventos de mobilização e articulação dos movimentos sociais e políticos populares, progressistas e de esquerda. O Fórum Social das Resistências e o Fórum Social Justiça e Democracia, que acontecem de 26 a 30 de abril, terão como desafio central fortalecer a luta contra a extrema-direita e retomar o desenvolvimento do país.

Os dois eventos pretendem produzir propostas para o debate internacional do Fórum Social Mundial (FSM2022) que será realizado no México, em maio.

Em entrevista, Silvana Conti, vice-presidenta da CTB/RS e uma das principais articuladoras da ação nos fóruns, afirma que durante os eventos, “acontecerão grandes encontros dos movimentos sociais, dos partidos políticos, das centrais sindicais, de amplos setores da sociedade que acreditam que nós podemos vencer, que o amor pode vencer o ódio; que a resistência e a luta valem a pena e que nós precisamos, com todas as forças que temos, construir a unidade para derrotar o nosso inimigo em comum”.

Ela reforçou que “o nosso grande desafio em 2022 é derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo, um projeto negacionista que ataca diariamente as instituições, colocando em risco o Estado democrático de direito; colocando em risco a vida do povo brasileiro, principalmente a vida das mulheres e, principalmente, das mulheres negras chefas de família”.

Silvana salientou que “estes ataques que nós sofremos diariamente precisam terminar e para isso, a gente precisa fazer um grande esforço, uma grande força-tarefa nacional para reconstruir o Brasil na perspectiva de um país democrático, soberano, com um projeto de nação cuja agenda esteja voltada para os  trabalhadores e trabalhadoras, para as mulheres, os negros e as negras, povos indígenas e população LGBTQIA+, pessoas com deficiências, enfim, com todos, todas e todes que são brasileiros e brasileiras e que não aguentam mais essa situação: o alto preço do gás e dos alimentos; a fome, o desemprego, a violência política, a violência doméstica, enfim, todos os tipos de violência que o nosso povo tem sofrido”.

Por fim, Silvana destacou: “quem puder, venha para Porto Alegre, pega a sua bandeira, a sua esperança, a sua força e resistência e venha se somar com a gente. Serão espaços muito potentes, principalmente de construção de unidade e de agendas de luta. Nós, comunistas, sabemos fazer isso muito bem, isso está no nosso DNA. Temos a certeza de que podemos fazer florescer a esperança”.

A programação prevê a tradicional marcha de abertura na terça-feira (26), às 17h no Largo Glênio Peres, ao lado do Mercado Público e da Prefeitura Municipal da capital gaúcha.

Confira nos links abaixo a programação completa e a ficha de inscrições para participar:

Fórum Social das Resistências:  Programação  |  Inscrições

Fórum Social Mundial Justiça e Democracia:  Programação  |  Inscrições