Parlamentares apoiam decisão do STF de bloquear Telegram

O Brasil não é o primeiro país a proibir o funcionamento do aplicativo. A Alemanha também tomou iniciativa semelhante

O ministro Alexandre de Moraes (Foto: Carlos Moura/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes acolheu solicitação da Polícia Federal (PF) e determinou o bloqueio do funcionamento do Telegram no Brasil. Sem representante no país, o aplicativo ignorou ordens do Supremo de banir usuários abusivos e a propagação de notícias falsas. Por conta dos mesmos problemas, a Alemanha também tomou iniciativa semelhante.

A PF apontou ao Supremo que “o aplicativo Telegram é notoriamente conhecido por sua postura de não cooperar com autoridades judiciais e policiais de diversos países, inclusive colocando essa atitude não colaborativa como uma vantagem em relação a outros aplicativos de comunicação, o que o torna um terreno livre para proliferação de diversos conteúdos, inclusive com repercussão na área criminal.”

Relator do projeto de combate às fake news, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), foi um dos primeiros parlamentares a alertar sobre a decisão. Mais cedo, ele considerou gravíssimo o fato de conteúdo neonazista correr solto em certos aplicativos. “Grandes multinacionais lucrando bilhões com a apologia ao extermínio de pessoas. É por isso que aprovar a Lei de Combate às Fake News é vital para o país!”, disse.

“O BRASIL NÃO É TERRA SEM LEI! Em atitude corajosa e coerente, STF determina bloqueio do Telegram no Brasil. Aplicativo vinha sendo usado para disseminação de Fake News Bolsonarista, além de distribuição de conteúdo neonazista, conforme denúncia do último domingo no fantástico”, comemorou o deputado José Guimarães (PT-CE).

“Urgente! Reduto das fake news bolsonaristas, Telegram é bloqueado no Brasil pelo STF, a pedido da PF”, também destacou o senador Humberto Costa (PT-PE).

Autor