A esquerda bem informada
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Na São Paulo de 1922, crise de moradia já era uma realidade

Raquel Rolnik avalia que tanto tempo se passou, “mas a questão dos aluguéis é tão presente como a que se viveu em 1922, por trabalhadores que viviam em situação precária”

Cortiço na rua Cardeal Arcoverde, São Paulo, fevereiro de 1938. (Imagem: B. J. Duarte)

A cidade de São Paulo comemora o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e a professora Raquel Rolnik nos leva a uma viagem no tempo nas ruas daquela época.

O mais curioso é que as questões que se enfrentavam então ainda existem nos dias atuais, como a crise da moradia. “Naquela época, surgia o Movimento Operário, que colocava as questões relativas ao trabalho com reivindicações de jornada de oito horas, mas também por moradia”, avalia.

Naquele momento surgia a primeira “greve de inquilinos”, inspirada em movimento similar ocorrido em Buenos Aires. Os trabalhadores moravam em bairros como Vila Mariana, Brás, Mooca, Ipiranga, Barra Funda e tinham muita dificuldade em pagar seus aluguéis, fossem de cômodos ou de casas inteiras.

Da Rádio USP

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