YouTube suspende deputada bolsonarista por vídeos antivacina de crianças

O vídeo excluído de Bia Kicis estava numa ‘live’ com duração de mais de 4 horas postada em 6 de janeiro em que há defesa de que crianças não sejam vacinadas

As primeiras doses das vacinas pediátricas chegaram ao Brasil no último dia 13 – Foto: Pfizer

A deputada federal Bia Kicis (União Brasil-DF), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, foi bloqueada no YouTube por sete dias. A punição ocorreu após vídeo do canal da deputada com desinformação sobre vacinação infantil ser excluído pela plataforma por violar as regras sobre covid-19, de acordo com monitoramento da consultoria Novelo Data.

O vídeo excluído estava numa ‘live’ com duração de mais de 4 horas postada em 6 de janeiro em que há defesa de que crianças não sejam vacinadas.

A transmissão, ao vivo, contava com a participação dos deputados Chris Tonietto (União Brasil-RJ) e Diego Garcia (Podemos-PR), do procurador de Sergipe, José Paulo Veloso, da médica bolsonarista Roberta Lacerda e de outros críticos à vacinação.

O mesmo conteúdo segue no ar no Facebook e Twitter.

O anúncio sobre o bloqueio foi feito por Bia Kicis em redes sociais. Para burlar a punição da plataforma, a deputada pediu que os seguidores dela acompanhassem página reserva com quase 3 mil seguidores, na qual chegou a postar dois vídeos.

Num desses, anunciou a realização de ‘live’ para a noite do último domingo, mas em seguida foi alertada pelo YouTube que a prática não é permitida.

“Agradeço a todos que se inscreveram no meu canal reserva, mas fui informada pelo YouTube que se eu fizer a ‘live’ por lá, isso seria considerada [sic] uma burla à minha suspensão e ponderei perder em definitivo ambos meus canais”, escreveu na plataforma Telegram.

A propósito, o Telegram é a plataforma preferida pelos bolsonaristas, pois nessa não há restrições, controle ou mediações que possam conter as mensagens mentirosas, com desinformações ou que incitem ódio. A plataforma, por aqui, é o que se pode chamar de “terra de ninguém”.

Fonte: Pagina 8 (BL)