Covid-19: Começa tendência de queda de novos casos, com alta de mortes

As mortes causadas pela covid-19 chegaram a 636.017. Nas últimas 24 horas, foram registrados por autoridades de saúde 943 novos óbitos.

Rovena Rosa ABr

A quantidade de pessoas contaminadas pela covid-19 ultrapassou os 27 milhões. Com 164.066 novos diagnósticos positivos em 24 horas, o total de brasileiros infectados pelo coronavírus alcançou 27.119.500. Ontem, o painel de informações do Ministério da Saúde contabilizava 26.955.434 casos acumulados.

Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 146.540. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -20%, indicando tendência de queda nos casos da doença pela primeira vez após mais de 40 dias.

A quantidade de casos em acompanhamento de covid-19 está em 3.036.634. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta nem evoluíram para morte.

As mortes causadas pela covid-19 chegaram a 636.017. Nas últimas 24 horas, foram registrados por autoridades de saúde 943 novos óbitos. Ontem, o sistema de informações da pandemia marcava 635.074 vidas perdidas.

Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 874. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +85%, indicando tendência de alta nos óbitos decorrentes da doença.

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza números da pandemia no Brasil.
Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza números da pandemia no Brasil. – Ministério da Saúde

Ainda há 3.154 falecimentos em investigação. Os óbitos em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.

Até hoje, 23.446.849 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 86,5% dos infectados desde o início da pandemia.

As informações estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado nesta quinta-feira (10). Nele, são consolidadas as informações enviadas por secretarias municipais e estaduais de saúde sobre casos e mortes associados à covid-19.

Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras o nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.

Estados e leitos de UTI

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (160.839), Rio de Janeiro (70.528), Minas Gerais (57.203), Paraná (41.618) e Rio Grande do Sul (37.417).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.914), Amapá (2.072), Roraima (2.106), Tocantins (4.033) e Sergipe (6.154).

Nove unidades da federação e 15 capitais ultrapassaram o patamar de 80% de leitos de terapia intensiva para covid-19 ocupados no Sistema Único de Saúde (SUS). O mapeamento é da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado hoje (10) com nota técnica que considera esses locais como situação de alerta crítico para internações.

Os pesquisadores do Observatório Covid-19 da Fiocruz destacam a persistência de taxas de ocupação de leitos de UTI em níveis críticos nos estados e capitais do Nordeste e Centro-Oeste e no Espírito Santo. Já Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo parecem seguir na tendência de queda do indicador, avaliam.

As nove unidades da federação que apresentam pior situação são Tocantins (81%), Piauí (87%), Rio Grande do Norte (89%), Pernambuco (88%), Espírito Santo (87%), Mato Grosso do Sul (92%), Mato Grosso (81%), Goiás (80%) e Distrito Federal (99%).

As 15 capitais são Porto Velho (91%), Rio Branco (80%), Palmas (81%), Teresina (taxa não divulgada, mas estimada superior a 83%), Fortaleza (85%), Natal (percentual estimado de 81%), João Pessoa (81%), Maceió (82%), Belo Horizonte (82%), Vitória (89%), Rio de Janeiro (86%), Campo Grande (99%), Cuiabá (81%), Goiânia (91%) e Brasília (99%).

Apenas cinco capitais e sete estados são considerados fora da zona de alerta, com menos de 60% dos leitos ocupados. As capitais são: Manaus (58%), Boa Vista (56%), São Luís (55%), Florianópolis (68%) e Porto Alegre (56%). Já os estados são: Amazonas (58%), Roraima (56%), Maranhão (51%), Paraíba (52%), Minas Gerais (42%), Rio de Janeiro (59%) e Rio Grande do Sul (57%). 

Maioria de estados apresenta aceleração de mortes

Vacinação: 70,6%

Os dados do consórcio de veículos de imprensa desta quarta-feira (9) mostram que 151.661.195 pessoas estão totalmente imunizadas. Este número representa 70,6% da população total do país. A dose de reforço foi aplicada em 53.479.042pessoas, o que corresponde a 24,89% da população.

A população com 5 anos de idade ou mais (ou seja, a população vacinável) que está parcialmente imunizada é de 83,76% e a população com 5 anos ou mais que está totalmente imunizada é de 75,77%. A dose de reforço foi aplicada em 33,06% da população com 18 anos de idade ou mais, faixa de idade que atualmente pode receber o reforço da vacinação.

22 estados e o Distrito Federal divulgaram números da vacinação de crianças entre 5 e 11 anos: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. No total, 4.223.664 doses foram aplicadas em crianças, que estão parcialmente imunizadas. Este número representa 20,6% da população nessa faixa de idade que tomou a primeira dose.

6 estados não divulgaram dados da vacinação na população geral até às 20h.

Estados com maiores percentuais de totalmente imunizados (2ª dose + dose única): SP (79,78%), PI (77,45%), MG (74,10%), MS (72,92%) e RS (72,89%).