Em protestos, manifestantes pedem justiça por morte de Moïse

População foi às ruas neste sábado (5) em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.

Foto: Reprodução da GloboNews

Centenas de manifestantes fizeram um protesto neste sábado (5), em frente ao quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, onde o congolês Moïse Kabagambe foi morto. O ato reuniu familiares de Moïse e dezenas de entidades defensoras da causa negra e dos direitos humanos, além de organizações políticas diversas.

A mãe de Moïse, a congolesa Ivana Lay, discursou rapidamente, em cima do carro de som, e pediu justiça: “Queremos justiça para o Moïse, até o final”.

Para o babalorixá Ivanir dos Santos, representante da Articulação das Populações Marginalizadas, a violência contra os negros é centenária no Brasil: “A nossa luta não começou agora. Esse é mais um passo na busca pelos nossos direitos.”

A prefeitura do Rio anunciou que os dois quiosques que foram “palco” para o assassinato de Moïse, na noite de 24 de janeiro, serão transformados em memorial ao jovem congolês, com a possibilidade de ser administrado pela sua família.

Após a concentração do ato, em frente ao quiosque, os manifestantes seguiram em passeata, pela Avenida Lúcio Costa, na orla da praia.

Em São Paulo, o protesto foi no vão livre do MASP

No vão do MASP presença de ativistas unindo movimento negro, sindicalistas e movimento social/Foto: Arquivo CTB

Em São Paulo, movimentos negros e  centrais sindicais se reuniram na Avenida Paulista, no vão do Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp).

Adilson Araújo e Ubiraci Dantas de Oliveira, presidente e vice presidente da CTB, respectivamente, presentes no ato/Foto: Arquivo CTB

Adilson Araujo, presidente da CTB ( Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), participante do ato , afirmou que “No Brasil hoje, milhares se reuniram em protesto contra o genocídio do povo negro. Precisamos de uma vez por todas por fim a esse governo genocida e negacionista. Bolsonaro é o presidente da morte, sabotou a vacina, incita a violência estimulando o armamento da população, armando a sua milícia, defendendo o excludente de ilicitude, um expediente para a polícia matar e ficar livre impunemente. O ecoar das ruas proclamou ele nunca mais”. Fora Bolsonaro! Basta de racismo, preconceito e intolerância!, acrescentou o sindicalista.

Com informações da Rádio Peão Brasil e da Agência Brasil