Luciana Santos defende pactuação política pela reconstrução nacional

Para a presidenta do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, um dos aspectos mais importantes da federação é o “exercício de unidade política”

Luciana Santos Foto: Reprodução das redes sociais

A presidenta do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, falou, durante o programa de rádio Faixa Livre desta sexta-feira (28), sobre o cenário político nacional e o processo de formação das federações partidárias. Ela defendeu a necessidade de se fazer “um verdadeiro processo de pactuação pela reconstrução nacional” e a federação caminha neste sentido.

Para Luciana, um dos aspectos mais importantes da federação é o “exercício de unidade política”. Ela considera a federação “inovadora na política brasileira no sentido de que, pela primeira vez, estamos dando maior organicidade porque a federação necessariamente leva a uma pactuação permanente de unidade da ação política”.

A dirigente salientou ainda que a federação “é muito positiva, é o que a gente sempre reivindicou, mesmo no ciclo político de Lula e Dilma, que a gente tivesse um núcleo mais estratégico, com mais afinidade programática e política. A federação é uma ferramenta inovadora com vários exemplos no mundo todo”.

Ela citou, entre outros, os casos da Geringonça, em Portugal, e a Frente Ampla, do Uruguai. “São referências que nos mostram experiências positivas para que, no Brasil, a gente acerte mais os caminhos, ainda mais quando encontramos o país à deriva, numa conjuntura marcada por instabilidade política e múltiplas crises”.

Luciana diz estar otimista e explicou que já tivemos um ciclo político que mostrou ser possível enfrentar a fome, as desigualdades e ter políticas indutoras do desenvolvimento, colocando o Brasil em outro nível no plano externo. “Temos potência, capacidade e inteligência nacional para nos inserirmos em outro patamar na geopolítica mundial e essa é a expectativa que temos”, analisou.

Processo de diálogo

Com relação aos mais recentes lances envolvendo a formação da federação, Luciana descreveu como “muito produtiva” a reunião ocorrida nessa quarta-feira (26), entre PCdoB, PT, PSB e PV, sobre governança e estatuto. “Penso que andamos bem e vamos retomar a conversa. E paralelamente estamos debatendo a situação nos estados. Ontem (27) pela manhã tivemos o debate sobre o estado de Pernambuco e vamos ter outros até os prazos estabelecidos”.

Luciana acrescentou ainda que “terminado o debate sobre a governabilidade, vamos entrar no programa. Os partidos estão debatendo porque cada um tem o seu programa, mas existirá uma diferença entre o programa do partido e o da federação; este será mais objetivo, enxuto e será uma síntese de convergências entre esses quatro partidos, nesse primeiro momento”.

A presidenta do PCdoB também falou sobre a apresentação pelo partido, nesta quinta-feira (27), de seu nome como possibilidade de compor a Frente Popular em Pernambuco com vaga ao Senado para as próximas eleições.

Luciana também analisou o quadro atual em outros estados, como Rio Grande do Sul e São Paulo. “Manuela (d’Ávila) é candidata fortíssima tanto a governadora quanto a senadora”, disse, sobre o cenário no estado gaúcho. “É, sem dúvida, uma das lideranças mais proeminentes de nosso país e do nosso partido e estamos debatendo e contando com essa variável como tendo um peso político importante na tomada de decisão da chapa no RS”.

Com relação a São Paulo, disse que tanto a posição de Márcio França e do PSB quanto a do PT e Fernando Haddad são legítimas. “Será preciso levar em conta quais são as melhores condições para sair vitorioso”, destacou.

Luciana ainda lembrou que outro aspecto importante para a reconstrução do país é buscar, desde já, condições que possibilitem mudar profundamente a correlação de forças no Congresso Nacional, hoje majoritariamente conservador.

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Fonte: Portal do PCdoB Nacional