Com 487 novas mortes por covid, Brasil tem a maior média desde outubro

Brasil bate 8º recorde seguido na média móvel de casos conhecidos de Covid em 24 horas, com 159,7 mil; média de mortes é maior desde outubro

Manifestação - Performance ‘Quem partiu é amor de alguém’ - Vestidos de branco, com máscaras e balões vermelhos, artistas fazem homenagem aos mortos pela Covid-19 no Brasil. foto Leopoldo Silva

No momento atual da pandemia no Brasil, a média móvel de casos conhecidos tem sido mais importante como estatística que a média móvel de mortes. Ainda assim, o número de mortes vem crescendo conforme explodem os contágios em todo o país.

O grande número de vacinados com duas doses, perto de 69% da população, contribuiu para reduzir significativamente a quantidade de mortes no país. Por outro lado, a variante ômicron fez explodir o total de casos a patamares superiores aos da segunda onda da pandemia.

Desta forma, o Brasil registrou nesta terça-feira (25) 183.722 novos casos, segundo o Ministério da Saúde, e 199.126 novos casos conhecidos de covid-19 em 24 horas, segundo o consórcio da imprensa. Com isso, o total oficial de casos é de 24.311.317 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia.

Assim, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 159.789 – a maior marca registrada até aqui e marcando o oitavo recorde seguido, de acordo com o cálculo do consórcio da imprensa. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de+203%, indicando tendência de alta nos casos da doença.

O país também registrou 487 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 623.843 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 332 — a maior registrada desde 28 de outubro do ano passado. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +170%, indicando tendência de alta nos óbitos decorrentes da doença.

Dessa forma, a média móvel de vítimas atinge agora um patamar acima do que estava até 10 de dezembro, quando ocorreu um ataque hacker. Na época, essa média indicava 183 mortos pela doença a cada dia, com uma das menores taxas consolidadas há semanas.

Vacinação: 69,15%

Os dados do consórcio de veículos de imprensa desta terça-feira (25) mostram que 148.559.742 pessoas estão totalmente imunizadas. Este número representa 69,15% da população. A dose de reforço foi aplicada em 41.491.509 pessoas, o que corresponde a 19,31% da população.

Nove estados e o Distrito Federal divulgaram números da vacinação de crianças entre 5 e 11 anos: Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul e São Paulo. No total, 574.559 doses foram aplicadas em crianças, que estão parcialmente imunizadas. Este número representa 2,8% da população nessa faixa de idade que tomou a primeira dose.

A população brasileira acima de 5 anos que está parcialmente imunizada é de 81,6% e a população acima de 5 anos que está totalmente imunizada é de 74,2%. Nos dois casos, a grande maioria do percentual é formada pela população adulta.

7 estados não divulgaram dados da vacinação.

Estados com maiores percentuais de totalmente imunizados (2ª dose + dose única): SP (79,10%), PI (75,86%), MG (73,33%), MS (72,43%) e RS (71,97%).

Estados

São 21 estados e o DF com aceleração de mortes, sendo que apenas Pará e Rondônia estão em queda e Roraima, Tocantins e Pernambuco em estabilidade.

Acre, Goiás e Roraima não registraram mortes por covid nas últimas 24 horas. Por outro lado, os gráficos divulgados pelo G1 com a média de casos em cada estado revelam um avanço descontrolado em duas semanas:

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