Bolsonaro nega ajuda de país vizinho à Bahia é assunto mais falado no Twitter

O presidente negou ajuda humanitária da Argentina à Bahia, que sofre com as enchentes e o grande volume de chuvas no sul do estado

(Foto: Isac Nóbrega/PR)

Logo nas primeiras horas desta quinta-feira (30), o assunto mais falado no Twitter foi em relação a mais um ato desumano e negacionista do governo de Jair Bolsonaro (PL). Desta vez, o presidente negou ajuda humanitária da Argentina à Bahia, que sofre com as enchentes e o grande volume de chuvas no sul do estado. Já são mais de 132 cidades atingidas e 24 mortes, além de milhares de pessoas desabrigadas e desalojadas.   

O país vizinho ofereceu envio imediato de dez profissionais especializados nas áreas de água, saneamento, logística e apoio psicossocial para vítimas de desastres, mas Ministério das Relações Exteriores negou pedido do governador da Bahia, Rui Costa (PT). Indiferente a essa tragédia, o governo Bolsonaro apenas agradeceu formalmente em documento oficial a proposta argentina e informou que a situação na Bahia está sendo enfrentada.

Em entrevista à Folha de São Paulo, Rui Costa disse que não esperava atitude diferente deste governo e afirmou que Bolsonaro não tem empatia.

“O presidente durante toda a sua gestão demonstrava desprezo em relação à vida humana (…) Ele não demonstra nenhum sentimento em relação à dor do próximo”, afirmou o governador.

Rui Costa agradeceu em suas redes sociais a oferta de ajuda da Argentina e pediu celeridade ao governo federal para autorizar a missão internacional.

“O mínimo que qualquer presidente pode fazer é dirigir uma palavra de conforto ao seu povo num momento de sofrimento. Tem uma frase que diz que quando você não pode fazer nada, pelo menos transmita uma palavra de conforto. Nem isso ele se preocupa em fazer. Só tenho que lamentar. Tenho evitado falar disso porque num momento de dor as pessoas não querem ver debate político”, afirma o governador da Bahia à Folha.

Já o governador do Maranhão, Flávio Dino, do PSB, reagiu com indignação e defendeu ainda que Justiça anule mais uma “decisão imoral”, tomada por Jair Bolsonaro, de férias na praia.

Fonte: CUT