Com Bolsonaro, Brasil tem 2º menor salário mínimo da América do Sul

Em ranking da CNN, País fica atrás de nações mais pobres, como Paraguai e Bolívia

O valor em dólar do salário mínimo na América do Sul revela mais um retrocesso do governo Jair Bolsonaro. Conforme levantamento da CNN, o Brasil tem hoje o segundo menor piso salarial da região, apesar de ser o país sul-americano mais rico, industrializado e desenvolvido.

No País, sob efeito do bolsonarismo e da desvalorização do dólar, o valor do mínimo é de US$ 213,17 por mês. O país perde nesse quesito para nações menores, como Argentina (US$ 298,03), Chile (de US$ 282,56 a US$ 438,36), Paraguai (US$ 330,81) e Bolívia (US$ 313,96).

Os valores levam em conta apenas a conversão do salário local para o dólar. Não consideram, por exemplo, o poder de compra, ou seja, a capacidade de compra de cada US$ 1 em relação ao nível de custos locais. Países com moedas que desvalorizaram demais frente ao dólar em relação às outras, caso do Brasil em 2021, acabam vendo seu mínimo perdendo posições na comparação feita em moeda internacional.

Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), o salário mínimo é entendido como a quantidade mínima que se deve pagar a um trabalhador, de maneira obrigatória, pelas atividades que tenha desempenhado em determinado período de tempo. “A finalidade do estabelecimento do salário mínimo é proteger os trabalhadores contra o pagamento de remunerações indevidamente baixas”, explica a OIT.

Além disso, o mínimo pode ser uma ferramenta de política social com o objetivo de diminuir a pobreza e a desigualdade. Ele não pode ser reduzido “nem em virtude de acordo coletivos e nem de um acordo individual”, acrescenta o organismo.

Com informações da CNN Brasil