Mulheres foram às ruas neste sábado contra o governo Bolsonaro

Lideranças se manifestaram nas redes sociais pelo #4DBolsonaroNuncaMais

Neste sábado (4/11) mulheres de movimentos populares, de centrais sindicais, coletivos feministas e partidos políticos ocuparam as ruas do país em manifestações com o tema “Bolsonaro Nunca Mais”. Os protestos, que fazem parte da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, foram inspirados no movimento #EleNão, das eleições de 2018.

“A luta pela derrubada de Bolsonaro do poder é uma luta necessariamente anti-imperialista, anticapitalista, democrática, antirracista e feminista. É uma luta em defesa da vida das mulheres, que coloca a agenda de lutas contra a fome, a carestia, a violência, pela saúde e pelos direitos reprodutivos das mulheres. É uma luta em defesa dos serviços públicos gratuitos e de qualidade. É para abrir um diálogo com a maioria que tem sofrido com a fome, com a perda de seus entes queridos, com a violência e com o desemprego”, diz trecho do manifesto de convocatória para as manifestações.

Entre as entidades que participam da organização dos atos estão a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), a Marcha Mundial de Mulheres (MMM), o Movimento Negro Unificado (MNU), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro). A convocatória também foi feita por setoriais de mulheres do PCdoB, do PT, do PSOL, da CUT e da CTB.

Em cidades como Rio de Janeiro, Florianópolis, Campinas (SP) e Aracaju os protestos começaram já pela manhã. Em São Paulo e outras capitais, tiveram início à tarde. Lideranças como Manuela D’Ávila e a deputada federal Alice Portugal usaram suas redes sociais para se manifestar contra Bolsonaro e convocar as mulheres a irem às ruas. “O Fora Bolsonaro do Rio de Janeiro foi bonito demais”, comentou a deputada federal Jandira Feghali.

De acordo com Sonia Coelho, da Sempreviva Organização Feminista e da MMM, “é importante a gente tirar o Bolsonaro, nem que seja um dia antes dele terminar o governo dele”. Para ela, “é impossível continuar convivendo com um governo que destrói vidas e direitos todos os dias”. 

A representante do Levante Feminista Contra o Feminicídio Rita Andrade ressalta que o governo do presidente Jair Bolsonaro provocou um imenso desmonte nas políticas públicas que “vinham gerando avanços sociais significativos” para a população brasileira, e que a destruição desses instrumentos impactou fortemente as mulheres. 

“A gente vai vendo que as mulheres negras, as mulheres periféricas, indígenas são ainda mais atingidas nesse cenário. Então, o ato do dia 4 é mais uma forma da gente dizer em conjunto que tem que dar um basta para este governo, que não existe a menor possibilidade de seguir com esse governo nefasto, genocida, ecocida. Um governo que vem matando as mulheres, vem matando nossos filhos, a população negra, um governo que não cuida do povo brasileiro”, diz a feminista. 

“Neste momento, há milhares de mulheres passando fome, sem saber como vão se alimentar e prover suas famílias. Elas são as primeiras a sofrerem com a crise econômica, sanitária e política enquanto o governo aprofunda a desigualdade social e de gênero no país”, afirmou Anne Moura, secretária nacional de mulheres do PT.

“A gente vai vendo que as mulheres negras, as mulheres periféricas, indígenas são ainda mais atingidas nesse cenário. Então, o ato do dia 4 é mais uma forma da gente dizer em conjunto que tem que dar um basta para este governo, que não existe a menor possibilidade de seguir com esse governo nefasto, genocida, ecocida. Um governo que vem matando as mulheres, vem matando nossos filhos, a população negra, um governo que não cuida do povo brasileiro”, diz a feminista. 


Veja as imagens de São Paulo:

Foto: Redes sociais
Foto: Deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) com ativistas feministas (Redes sociais)
Foto: Redes sociais
Foto: Redes sociais
Foto: Redes sociais
Foto: Redes sociais.

Com informações do Brasil de Fato, da Revista Fórum e do Portal do PT Nacional.