Secretário de Saúde defende maior vacinação no Brasil e na África contra novas cepas

O secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, defende políticas contra as teses anti-vacina nos países com baixa cobertura como um dever de casa de todos os governos nacionais.

O enfrentamento à pandemia de Covid-19 diante do surgimento da nova variante Ômicron foi abordado pelo secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes. Em uma série de postagens feitas em suas redes sociais nesta quarta-feira (1º), ele falou sobre a importância da vacinação na África e sobre a necessidade de ampliar a imunização para ao menos 90% da população brasileira.

“Estamos enfrentando a pandemia e suas novas expressões com condições diferenciadas, temos boas vacinas, melhor capacidade de testagem e medicamentos já aprovados contra a Covid-19”, destacou Nésio. Ele disse que no Brasil “a principal medida de todas é superar 90% da população vacinada com esquema completo, o que obriga a proteger também as crianças”.

Nésio apontou ainda que “precisamos que a indústria e as agências reguladoras avancem rápido na autorização do uso em idades pediátricas no mundo. No caso do Brasil, já temos a Coronavac disponível nos estados e o Butantan tem mais para entrega imediata, não precisamos nem esperar a importação”. O secretário salientou como vantagens associadas à Coronavac o fato de “a plataforma tecnológica já ser usada em crianças; ser segura e eficaz e pouco reatogênica e não comprometer a aplicação das vacinas de rotina”.

Outro ponto destacado pelo secretário é a urgência em se avançar na imunização na África. O continente é o que tem a mais baixa taxa de vacinação: pouco mais de 6% da população foi imunizada com as duas doses e quase 10% tomou ao menos uma dose. “Internacionalmente, vacinar todo o continente africano deve ser a prioridade ‘zero’ do multilateralismo. Vencer as teses anti-vacina nos países com baixa cobertura é o dever de casa de todos os governos nacionais”.

Nésio avalia que diante dos atuais elementos, “podemos concluir que a pandemia e suas repercussões vão perdurar por mais tempo do que o esperado. Não vamos resolver todos os dilemas em todas as regiões do mundo ao mesmo tempo, importa que se operem decisões acertadas e oportunas”.