Sindicalistas reúnem-se com Alckmin e debatem a eleição de 2022

O ex-governador paulista e sindicalistas avaliaram conjuntura política nacional e os desafios do país.

Na manhã desta segunda-feira (29) dirigentes de quatro centrais sindicais (CTB, Força Sindical, UGT e Nova Central) e de outras entidades sindicais estiveram reunidos com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que manifestou a disposição de deixar o PSDB e vem sendo apontado como provável candidato a vice-presidente numa chapa liderada por Lula.

Entre os sindicalistas presentes estavam: Adílson Araújo presidente da CTB; Miguel Torres, presidente da Força Sindical; Ricardo Patah presidente da UGT; Sérgio Luíz Leite, presidente da Fequimfar; João Carlos Gonçalves, Secretário Geral da Força Sindical; Cláudio Magrão, ex-presidente da Federação dos Metalúrgicos de São Paulo, e Chiquinho Pereira presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo.

Os sindicalistas disseram que Alckmin saiu “muito animado” do encontro e que tratou de questões da conjuntura nacional, sem se restringir ao contexto estadual. Antes desta ideia ser ventilada e ganhar força, ele estava focado em candidatar-se novamente ao governo paulista. “Surgiu a hipótese federal. Os desafios são grandes. Essa hipótese caminha e eu considero essa reunião com as quatro principais centrais histórica”, declarou o ex-governador.

O presidente da CTB, Adilson Araújo disse que Alckmin está “aberto ao diálogo” e que “não descartou a possibilidade de exercer protagonismo” no debate nacional. “Eu diria que a eleição de 2022 reivindica um projeto de nação. Nele, cabe Alckmin e cabe Lula”, disse Araújo. O dirigente sindical considerou importante a postura oposicionista do Alckmin e reiterou seu empenho na construção de uma frente ampla para derrotar Bolsonaro. Isto exige respeito à pluralidade política e a valorização do diálogo e da unidade na diversidade. “Nós não temos candidatos, mas vemos com bons olhos a construção do campo democrático popular”, destacou o presidente da CTB.

Adilson enfatizou ainda a defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores. Para ele, “caberá a um novo governo recolocar o país na trilha do desenvolvimento, da democracia, do respeito ao movimento sindical, de restauração dos direitos liquidados pelo atual governo, do combate ao desemprego e valorização do trabalho”.

Outras lideranças dos trabalhadores, entretanto, expressaram seu apoio, entre eles os presidentes da Força Sindical e da Nova Central. “Dentro da situação atual, seria muito importante que ele aceitasse (ser vice de Lula). Nós daremos todo o apoio”, declarou Miguel Torres.

Já disse o presidente da Nova Central, José Reginaldo Inácio, que não participou da reunião em São Paulo, mas enviou representantes enfatiza a necessidade de unir forças contra Bolsnaro. “A grande motivação para fazer a reunião com o Alckmin é o fato de nós, centrais sindicais, estarmos junto de uma frente para derrotar esse modelo de governo (de Jair Bolsonaro), que tem representado muito claramente a ruptura democrática. Essa possível coligação do Lula com o Alckmin sinaliza uma possibilidade de derrota desse modelo político. Esse é um ponto que a gente discutiu”, declarou o sindicalista.

Com informações das centrais sindicais

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